terça-feira, 30 de dezembro de 2014

DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO A LUZ DA BÍBLIA.


Este artigo tem como objetivo analisar os ensinos bíblicos sobre este assunto no Antigo e Novo Testamentos. Para isso, iniciaremos na Lei de Moisés, passaremos pelo período profético, incluindo o contexto histórico do povo judeu. Analisaremos as Escrituras neotestamentárias nos Evangelhos e abordaremos as traduções e interpretações das palavras hebraicas “repudiar” (“repúdio”), “termo de divórcio” (“divórcio”) e “carta de divórcio (“divórcio”) nos livros do Antigo Testamento e as palavras gregas equivalentes no Novo Testamento.

O conceito de indissolubilidade matrimonial é absoluto ou relativo no velho Testamento?

Como entender as palavras de Jesus a respeito do Divórcio?

Um novo casamento,é autorizado pela Bíblia para parte inocente numa traição conjugal? 

Não temos a pretensão de esgotar o assunto, mas somente somar para o Reino, através desta contribuição. Procuraremos mostrar os paradigmas, encarando estes temas sem preconceito, para adquirirmos um entendimento bíblico a respeito do casamento e assim, levá-lo a uma reflexão equilibrada e inclusiva em relação à pessoa divorciada, à luz da graça de Deus. 

O casamento deve procurar ser conhecido, entendido e vivido conforme a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Cada pessoa, antes ou depois de Cristo, viveu ou vive situação particular em questão de relacionamento conjugal e, se for para saber e aceitar somente a vontade do Senhor e Deus, será necessário estar buscando em orações, pois, Ele jamais faltará com a resposta e conselho perfeito para cada coração. 

CASAMENTO E DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO.

Devemos estudar esse tema à luz de suas origens, pois é necessário conhecer as conjunturas sociais, política e religiosa na qual essa questão estava inserida. Quando Jesus se refere a esta matéria nos Evangelhos, Ele se refere à Lei oficial de Israel, dada por Deus a Moisés, cerca de quatorze séculos atrás.

No Israel antigo, a família tinha sua origem no casamento entre um homem e uma mulher e era a base vital da sociedade, a pedra fundamental de todo edifício. Nos primeiros tempos ela formava até mesmo uma entidade separada sob o ponto de vista da lei. A família não era apenas uma entidade social, mas também uma comunidade religiosa. 

As pessoas se casavam cedo em Israel. Geralmente o homem se casava aos dezoito anos de idade e meninas eram casadas no momento em que estivesse fisicamente aptas para isso, o que segundo a Lei, era aos doze anos e meio. (DANIEL-ROPS, 2009 p. 137).

O REPÚDIO E O DIVÓRCIO NA LEI MOSAICA.

Na Torá, em Deuteronômio, Deus institui, através de Moisés o termo de divórcio, para evitar que se perpetuem as injustiças contra a mulher que se mostrava fragilizada e indefesa no relacionamento conjugal.

“Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem;” (Dt 24.1,2) “Achado coisa indecente nela”. O repúdio e, consequentemente, a carta de divórcio podia ser por qualquer motivo, inclusive fútil, como a mulher ter feito uma comida ruim ou, simplesmente, que outra mulher agradasse mais o marido.

A formalidade do repúdio era simples: o marido fazia uma declaração contrária à que tinha estabelecido o casamento: “Ela já não é minha esposa e eu já não sou mais seu marido”. (Os 2.2) (VAUX, 2004 p. 57).

OBSERVAÇÕES SOBRE ESTA LEI MOSAICA.

Há algumas questões que precisam ficar bem claras em nossa mente quanto a esta Lei Mosaica, caso contrário, não entenderemos mais adiante o que o Senhor deseja ensinar na questão do divórcio.

As questões são as seguintes:

1-Quem autorizou esta Lei em Israel?

R- No capítulo 12, Moisés começa a relatar o que ele mesmo chama de “são estes os preceitos e os estatutos que tereis cuidado em observar na terra que o Senhor Deus de vossos pais vos deu para a possuirdes por todos os dias que viverdes sobre a Terra” (Deuteronômio 12:1). 

Notamos aqui que Moisés foi quem ensinou estes estatutos. Ele irá falar destes estatutos desde este Capítulo 12, verso 1, até Deuteronômio 31:13.

2- A lei sobre o Divórcio está dentro destes estatutos “oficiais” da nação de Deus daquele tempo. Com que autoridade Moisés apresentou-as diante do povo de Israel?


R- “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os preceitos que o Senhor teu Deus mandou ensinar-te, a fim de que os cumprisses na terra a que estás passando para a possuirdes, para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os Seus preceitos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e para que se prolonguem os teus dias”. (Deuteronômio 6:1-2).

Foi Deus quem deu a Lei do Divórcio e Moisés somente apresentou-a perante o povo conforme a vontade do Senhor. Isto é indiscutível!


3- O que a Lei do Divórcio permitia que se fizesse? mostraremos cinco aspectos:

a) A Lei do Divórcio permitia que somente o homem expulsasse a mulher de sua casa. Ele não podia abandoná-la, mas podia expulsá-la em conformidade com a lei que Deus mesmo havia dado;

b) A Lei do Divórcio permitia ao homem casar com uma mulher, e depois, ao começar a conviver com ela, mandá-la embora se achasse em qualquer tempo alguma coisa vergonhosa nela. Tal coisa vergonhosa ia desde a falta de dentes até encontrar ele outra que lhe parecesse mais bonita;

c) A Lei do Divórcio permitia ao homem mandar a mulher embora de sua casa dando-lhe uma Carta de Divórcio (o que exigia a presença de duas testemunhas ). O mandar embora era chamado de repúdio;

d) A Lei do Divórcio permitia à mulher, quando realmente possuidora da Carta de Divórcio e expulsa de casa, casar-se com outro homem. Evidentemente, o homem que a mandou embora poderia também se casar de novo. O próprio Deus deu autorização para que um novo casamento fosse contraído dentro dessa lei, segundo claramente estabelece o texto deuteronômio. Tal lei previa, inclusive, que se a mulher fosse casada, depois expulsa, podia casar-se de novo. E se expulsa novamente, mais uma vez tinha permissão de se casar, e assim sucessivamente. Esta situação foi exatamente aquela em que se achava a mulher samaritana, que, encontrando-se com Jesus, ouviu Dele estas palavras: “Disseste bem: Não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e o que está contigo agora não é teu marido; isso disseste com verdade” (João 4:17-18);

e) A Lei do Divórcio dava essa liberdade de separação somente numa situação muito clara, e pode ser assim identificada no texto: “se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma Carta de Divórcio e lha dará na mão e a despedirá de sua casa”. (Deuteronômio 24:1). Atentemos a este ponto a seguir, com maior atenção.

5- O que significa exatamente esta expressão--“se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa?”

Notemos que esta era a condição para se despedir a mulher de casa com uma Carta de Divórcio. Não havia outra condição permitida por Deus. O homem era absoluto nesta questão. Ele é quem decidia se a mulher possuía ou não “graça aos seus olhos”, e ele é quem avaliava se a mulher tinha ou não “coisa vergonhosa”. 

6- O que era esta coisa vergonhosa?

Alguns dizem que era adultério. Mas esta possibilidade é simplesmente descartável, porque se uma mulher fosse adúltera, o marido não daria a ela uma Carta de Divórcio, mas faria o seguinte: levaria a mulher ao exame dos anciãos e sacerdotes de Israel, diante do pai dela e, confirmando-se que a mulher era sem virgindade antes do casamento, seria apedrejada até a morte (cf. Deuteronômio 22:13-21); 

Há ainda outro caso de adultério. Alguns valem-se dele sem aviso escriturístico, e sem esta necessária base argumentam que “coisas vergonhosas” poderia referir-se ao adultério da mulher com outro homem, depois de ela estar casada. Isto também é incorreto, pois, se a mulher já casada adulterasse, o marido não lhe daria Carta de Divórcio, mas a entregaria ao apedrejamento até à morte, consoante ensinado em Deuteronômio 22:22. Nestes casos, o apedrejamento era também aplicado ao homem com quem ela estava adulterando.

7- Então, o que eram estas “coisas vergonhosas”, que tiravam a “graça da mulher diante do seu marido” e habilitava-o a mandá-la embora com a Carta de Divórcio?

No livro Divórcio e Novo Casamento, o Professor Guy Duty insere a seguinte citação: 

“O Dr. Alfred Edershein disse que esse conceito de impureza ‘abrangia quaisquer atitudes impróprias, tais como andar com o cabelo solto, girar na rua, conversar com outros homens com demasiada familiaridade, maltratar os pais do marido em presença deste, gritar, isto é, falar com o marido em voz tão alta, de modo que o morador da casa vizinha a escute, reputação má em geral, ou a descoberta de fraude anterior ao casamento’”. 

Eis aí a questão em tons claros. Se o homem, por exemplo, verificasse que a mulher, depois do casamento, era uma faladeira e linguaruda, poderia mandá-la embora, pois ela o envergonhava com sua língua. Ele lhe dava a Carta de Divórcio, onde exporia a razão da mesma, e duas testemunhas “assinavam” a questão. Ela era expulsa de casa e ele podia ir atrás de outra mulher. Igualmente, ela podia também ir atrás de outro homem que conseguisse arranjar. 

Quem inventou isto foi Deus, e não Moisés. Era um mandamento para que Israel pudesse viver longamente todos os seus dias na terra que Deus mesmo lhe dava. O Senhor Jesus ensinou que “pela dureza de vossos corações ele (Moisés) vos deixou escrito este mandamento” (Marcos 10:5). 

“Na época que Jesus pronunciou aquelas palavras promulgando sua nova Lei do divórcio em Mateus 5:32, o problema do divórcio estava aceso na Palestina. Na História Judaica, essa questão é conhecida como a disputa de Hillel e Shammai. . . . Hillel ensinava que um judeu poderia divorciar-se da esposa por qualquer motivo. Shammai defendia a idéia de que o divórcio só era legal por causa de fornicação. A disputa, debatida de norte a sul naquela terra, revolvia em torno do qualquer motivo de Hillel e do motivo único de Shammai. 

Quando Jesus se pronunciou sobre esta disputa teológica, Sua preferência foi pela posição de Shammai que apresentava como “único motivo” legítimo para o divórcio o adultério. Muito embora Cristo tenha sido mais abrangente que Ele, como numa terceira posição, ou seja, Cristo não disse que o “único motivo” é o adultério, mas disse: “exceto em caso de infidelidade” – e infidelidade é mais do que simplesmente adultério. 

Poderia ser o abandono do lar por um dos cônjuges, a traição de um dos dois em relação a muitos aspectos da vida (financeiro, social, etc.), o que caracterizaria, com certeza, uma dimensão muito mais abrangente do adultério, se o considerarmos como um ato de infidelidade.

O REPÚDIO E O DIVÓRCIO NOS PROFETAS E EM ESDRAS

Primeiro Jeremias explica a Israel (Reino do Norte) o conceito de repúdio, divórcio e novo casamento à luz da Lei (Jr 3.1), depois ele fala do repúdio e divórcio que efetivamente Deus fez com Israel, devido à sua infidelidade espiritual. “Quando por causa de tudo isto, por ter cometido adultério, eu despedi a pérfida Israel e lhe dei carta de divórcio. Vi que a falsa Judá, sua irmã, não temeu; mas ela mesma foi e se deu à prostituição.” (Jr 3.8) Israel foi “divorciada” por estar sendo deportada pela Assíria (722 a.C.), um exílio do qual ela jamais retornou. (GENEBRA, 2007 p. 864).

Em Isaías, quando Judá (Reino do Sul) foi para o Exílio Babilônico, o Senhor demonstra toda sua coerência a respeito de ter repudiado Judá, mas contudo não expediu a carta de divórcio. Se isso tivesse acontecido, Judá jamais teria retornado. (GENEBRA, 2007 p. 843) “Assim diz o Senhor: Onde está a carta de divórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? Ou quem é o meu credor, a quem eu vos tenha vendido? Eis que por causa das vossas iniquidades é que fostes vendidos, e por causa das vossas transgressões vossa mãe foi repudiada.” (Is 50.1).

Logo que o povo judeu voltou do exílio babilônico, por volta de 538 a.C., o sacerdote Esdras promoveu uma rejeição coletiva (repúdio coletivo) das muitas mulheres estrangeiras que se casaram com os judeus que estavam na palestina e segundo a Lei (repúdio mais a carta de divórcio) Ed (10.1-3). 

Malaquias ensina que o casamento faz dos cônjuges um só ser, e que o marido deve sustentar o juramento feito à sua companheira através do casamento, pois escreve:

casamento, pois escreve: 

“Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.” (Ml 2.14-16). 

As palavras hebraicas nos livros do Antigo Testamento para “repúdio”, “repudiar”, “termo de divórcio” e “carta de divórcio”, de acordo com o texto original hebraico da BÍBLIA HEBRAICA STUTTGARTENSIA (BHS), traduzidas em português por João Ferreira de Almeida, versão REVISTA E ATUALIZADA, são: 

xL;v; (shallach) – Repúdio (Ml 2.16) – “Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio...” (odeia o “shallach”).

XL;v;y> (yeshallach) – Repudiar (Jr 3.1) – “Se um homem repudiar sua mulher…” (Se um homem “yeshallach” sua mulher...) 

ttuyrIK. rp,sE (sefer kerithuth) – Termo de divórcio (Dt 24.1) – “... e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lhe der na mão, e a despedir de casa;” (... e se ele lhe lavrar um “sefer kerithuth”, e lhe der na mão, e a despedir de casa;)

h::"yt,,tuyrIIK. rp,,sE-taE (ʼeth-sefer kerithutheyah) – Carta de divórcio (Jr 3.8) – “... eu despedi a pérfida Israel e lhe dei carta de divórcio,...” (... eu despedi a pérfida Israel e lhe dei “ʼeth-sefer kerithutheyah”,...)

Fonte: BibleWorks 7 e 8.

As palavras repudiar e divorciar tem o mesmo sentido?

Devemos fazer distinção entre as palavras “repudiar” e “divorciar”, pois são diferentes e possuem significados distintos. No contexto do Antigo Testamento, existiam mulheres repudiadas (mandadas embora) e que não recebiam a carta de divórcio, portanto, pela Lei, elas não eram consideradas divorciadas, ou seja, não eram legalmente separadas dos seus maridos. Como exemplo podemos citar:

Em 1Cr 8.8 Saarim repudiou (“shallach”) suas duas mulheres Husim e Baara, mas o texto não fala sobre ele ter dado a elas as cartas de divórcio, como previa a Lei em Dt 24.1. No entanto, em Jr 3.8 fala que o próprio Deus dá o exemplo de separação plena, pois despediu (repudiou) (“shallach”) a pérfida Israel e lhe deu a carta de divórcio (et-sefer kerithutheyah). A falta de entendimento destes conceitos pode gerar muita confusão de interpretação das Escrituras a respeito desta matéria.


Para entendermos de maneira eficaz os ensinos de Jesus nos Evangelhos, muitas vezes, devemos contextualizá-los com o conhecimento do Antigo Testamento, bem como na língua hebraica original em que ele foi escrito, pois Jesus era judeu e estava inserido nesse meio, quando do seu ministério. 

Analisaremos os vocábulos “repúdio” e “divórcio” utilizados em hebraico e que possuem seus correspondentes no grego do Novo Testamento. Estas palavras gregas foram também utilizadas por Jesus nos Evangelhos. Os significados destes termos estão de acordo com o texto original hebraico da BÍBLIA HEBRAICA STUTTGARTENSIA (BHS), traduzidos em português por João Ferreira de Almeida, versão REVISTA E ATUALIZADA, são: 


xL;v; (shallach) - Repudiar ------ avpolu,w (apolúo) - Repudiar 

(repúdio) (repúdio) 

ttuyrIK. (kerithuth) - Divórcio ------ avposta,sion (apostásion) – Divórcio

O verbo hebraico “shallach” que teve sua tradução plena para o português como “repudiar” (repúdio). O verbo grego “apolúo”, pelo critério numérico não se sustentou na sua tradução como “divorciar”. Sua sustentação se deu como “repudiar” (repúdio), concordando inteiramente com a tradução para o português de João Ferreira de Almeida na versão REVISTA E ATUALIZADA (1996). Decorrente disso, o verbo hebraico “shallach” (repudiar), utilizado no Antigo Testamento, possui seu correspondente no grego do Novo Testamento “apolúo” (repudiar).

Finalmente, analisamos a palavra hebraica “kerithuth” que teve sua tradução para o português, por unanimidade de sentido, como “divórcio”, expressando ainda a ideia de um documento. A palavra grega “apostásion” teve sua tradução de forma absoluta como “divórcio”, expressando também a ideia de um documento. 

Portanto, a palavra hebraica “kerithuth” (divórcio), utilizada no Antigo Testamento, possui sua correspondente no grego do Novo Testamento como “apostásion” (divórcio).

Passaremos agora a tratar da exegese de textos bíblicos, relacionados ao assunto, utilizados por Jesus. No contexto histórico do Novo Testamento, “apolúo”, no sentido de relacionamento conjugal, significa deixar de lado, mandar embora, “repudiar” e podemos afirmar que não representa tecnicamente divórcio, ou seja, não representa o termo técnico para divórcio.

Se um homem repudiasse “apolúo” sua esposa, sem se incomodar de dar-lhe a carta de divórcio “apostásion”, ninguém iria se opor a ele, dentro daquela cultura judaica. Muito menos, a pobre mulher repudiada. Mas Jesus contestou e disse: “É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei. Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério”. (Lc 16.17,18).

A diferença entre “repudiar” e “divorciar” (no grego “apolúo” e “apostásion”) é grande. “Apolúo” apontava que a mulher era escrava, repudiada, sem direitos, sem recursos, roubada nos seus direitos básicos do casamento monogâmico. “Apostásion” queria dizer que a separação se consumava, podendo haver um novo casamento legal, posteriormente. O papel fazia toda diferença. A mulher que tinha sido mandada embora, poderia se casar novamente com outro homem, como a Lei dizia em Dt 24.2. Essa era a Lei.

Jesus falou ainda:

“Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.” (Mt 5.31,32).

Para entendermos essa passagem, precisamos compreender bem o termo grego traduzido por “relações sexuais ilícitas”. Este vocábulo citado por Jesus refere-se a palavra “porneías”, que aponta qualquer relação sexual fora do casamento, ou seja, em que não há envolvimento de pessoas casadas legalmente. Este termo não pode ser confundido com “adultério”, pois a palavra grega exclusiva para isso é “moikeía”. Neste caso específico, Ele se referia a qualquer tipo de promiscuidade praticada.

Logo, o que Jesus estava dizendo é que: “Qualquer que repudiar sua mulher e não obedecer os preceitos legais do divórcio, não pode ter o reconhecimento legítimo da dissolução do seu casamento, portanto, expõe (sua mulher) a tornar-se adúltera, (visto que ela, oficialmente, ainda é casada) e quem casar com a repudiada comete adultério, pois ela ainda se encontra casada.” Exceto em caso de “relações sexuais ilícitas” (“porneías”), ou seja, quando houve envolvimento sexual, sem um casamento formal. Neste caso, se não existiu um casamento legítimo, não há o que se falar em adultério “moikeía”, pois a união formal não existiu (esse relacionamento está na ilicitude).

Então nestes casos, o repúdio é naturalmente aceito, sem o cônjuge daquele relacionamento incorrer em adultério, mesmo não havendo uma separação legal. Esta é a exceção citada por Jesus. 

Se verificarmos todas as passagens do Novo Testamento, podemos perceber que Jesus não se pronunciou a respeito de divórcio (“apostásion”) e novo casamento e deixou em aberto esta questão. A palavra “apostásion” aparece somente três vezes nos Evangelhos em Mt 5.31; 19.7 e Mc 10.4 e todas estas citações de Jesus estão no tempo passado. Após Jesus dizer “Eu, porém, vos digo...” nunca aparece a palavra divórcio (“apostásion”). Portanto, não houve nova orientação sobre esta matéria.

Um divórcio (“apostásion) é consequência de um repúdio (“apolúo”). Jesus falou sobre o repúdio, mas a respeito do divórcio, intencionalmente, Ele não se pronunciou.

A versão mais antiga da Bíblia em português é a tradução de João Ferreira de Almeida. Em sua versão ARA*, sempre usou o verbo “repudiar”, para todas estas passagens do grego original.

Para ilustrarmos a importância do significado correto da tradução destas palavras, utilizaremos o texto do Evangelho de Marcos. No contexto do Novo Testamento e por conseguinte, desta passagem, existia uma disparidade muito grande entre o homem a mulher na área conjugal. Jesus exigiu que fosse cumprida a Lei e estabeleceu os mesmos direitos para ambos.

Jesus disse: “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela”. (Mc 10.11). 

Neste caso, o pecado de adultério recaía sobre os homens, que na prática não aceitavam ser inclusos como adúlteros, por praticarem o repúdio (“apolúo”) sem expedir a carta de divórcio (“apostásion”) e contraírem, mesmo assim, novos casamentos. Jesus inseriu, neste episódio, todos homens, que fossem encontrados nestas condições, a tornarem-se réus de adultério, tanto quanto a mulher já o era. Pois, Jesus sempre teve como padrão a justiça e a igualdade entre o homem e a mulher.

Os discípulos, que eram judeus na, religião e culturalmente possuíam este mesmo pensamento, ficaram estarrecidos e reagiram a essas declarações de Jesus e disseram-lhe: “Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar”. (Mt 19.10).

A Carta de Divórcio dos Judeus na Família de Jesus?

Quantos de nós já pararam para considerar que José, “pai adotivo” de Jesus, ia se divorciar de Maria? Eis o que diz a Escritura:

“Mas José, seu esposo, sendo justo e não querendo a infamar, resolveu deixá-la secretamente” (Mateus 1:19).

Ora, o que tornava José justo? A atitude do coração de José era justa. Ele não desejava infamar a pessoa de Maria, pois pensou que ela havia sido infiel, contudo não desejava vê-la apedrejada.

Ora, se José, deixa-se Maria, seguindo a lei, seria considerado um homem justo em Mateus 1:19, por que em Mateus 5:32 e 19:9, deixar a mulher por motivo justo (adultério, por exemplo) seria uma atitude injusta? Eis aqui uma questão que os pregadores da “indissolubilidade do casamento” terão muita dificuldade de explicar.

Temos que entender que, pelo relato de Mateus 1:18-25 e Lucas 1:26-38, José só acreditou que Maria, sua mulher, estava grávida pelo Espírito de Deus porque um anjo do Senhor lhe apareceu e confirmou isto. Caso não houvesse esta intervenção sobrenatural, ele consideraria a sua mulher uma “adúltera”. Isto o tornava justo--repudiá-la secretamente para que ela não fosse considerada uma prostituta. Ou seja, ele diria que ela era sua mulher, só que não ficaria morando com ela como os casados normalmente agem. E é claro que se ela aparecesse grávida, mas não estivesse sob sua guarda, explicações seriam solicitadas, o que redundaria no apedrejamento de Maria.

Isto prova que o divórcio não era, nos dias de Jesus uma coisa errada. Ao contrário, por ser determinado pela Lei de Moisés, quem lhe obedecia aos ditames era chamado de “justo”.


Em Romanos 7:1-3 e diz o seguinte:

“Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que ele vive? Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver, mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido. De sorte que, enquanto viver o marido, será chamada adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido”.

Alguns entendem erroneamente que este texto apresenta a indissolubilidade do casamento, aconteça o que acontecer. Mas, para os que possuem perfeito entendimento, basta ler este texto em relação com Mateus 5:32 e 19:9, depois Deuteronômio 24:1, 2 e verificar que Paulo evidentemente está tratando da Lei de Moisés. Uma lei que dada por Deus concedia ao homem o direito de divorciar-se e repudiar a mulher quando quisesse, mas não dava à mulher direito algum.

Assim pela lei a mulher só poderia deixar o marido se ele lhe desse Carta de Divórcio. Sem tal Carta, se ela se casasse com outro homem, seria adúltera. Mas, lendo Deuteronômio 24:1, 2, vê-se que se ela tivesse a Carta não seria adúltera.

Em 1º Coríntios 7:27 e verifique-se o seguinte:

“Estás ligado a mulher? Não procures separação. Estás livre de mulher? Não procures casar-te”.

O que está claro aqui neste verso?

R- Que separação é o contrário de casamento, ou seja: divórcio e repúdio.

Agora, o verso a seguir diz:

“Mas, se te casares, não pecaste” (1º Coríntios 7:28).

Por que Paulo não disse para que o separado não se casasse?

R- Por que Paulo sabia que se uma pessoa estivesse “livre de um cônjuge”, pelas razões que já demonstramos justificar o divórcio, poderia optar por se casar ou não.Ele explica porque julga melhor que ficassem solteiro:


“Todavia estes padecerão tribulação na carne e eu quisera poupar-vos”. (1º Coríntios 7:28).

R- Ora, Paulo diz que a razão para não se casar (não importa se fosse pela primeira vez ou segunda) era a “tribulação” que se passa na vida de casado e para ele era melhor ficar solteiro e servir somente ao Senhor, como ele mesmo declara em 1º Coríntios 7:29-38. 

O Senhor Jesus falou exatamente disto em Mateus 19:9-12. Eis as Suas expressões:

“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada, comete adultério. Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a condição do homem relativamente à mulher, não convêm casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem aceitar esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado. Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem pode aceitar isso, aceite-o”.

Está mais do que claro, comparando estas orientações de Jesus com as de Paulo, que o homem que se torna eunuco não é um homem casado, mas um homem solteiro.

Na orientação de Paulo, um homem que for solteiro, poderia sê-lo por naturalidade (nunca se casou) ou por divórcio. Os israelitas entendem que a mulher estará separada do marido somente por duas razões: a morte ou a Carta de Divórcio.

Agora, porém, o Senhor diz que a Carta de Divórcio não poderá mais ser dada nas condições de Moisés, isto é, “por qualquer motivo”, mas somente nos casos de infidelidade.

Os discípulos acham isto um mau negócio. Então Jesus lhes dá uma opção, que é a mesma de Paulo: “fiquem como eunucos”. Já que não querem viver com uma mulher fiel à vida de casada, exatamente como Deus criou o casamento, já que desejam ficar trocando de mulher como quem troca na sociedade moderna de carro (pois isto era possível em Israel), saibam que não será mais permitido. Só há esta permissão se houver “infidelidade”. E os discípulos acharam isto um mau negócio, pois o Senhor na verdade estava dando à mulher uma dignidade que ela nunca havia possuído em nenhum momento da História depois do erro de Eva.

Em Marcos 10:10 a 12:

“Em casa os discípulos interrogaram-no de novo sobre isso. Ao que lhes respondeu: qualquer que repudiar sua mulher e casar com outra, comete adultério contra ela; e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério”.

Eis aqui um texto que não poderá ser analisado sozinho. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são chamados de Sinóticos, exatamente porque devem sempre ser analisados em conjunto. Nunca se analisará este texto isolado de seu paralelo em Mateus, o que já temos apresentado amplamente. Ambos os textos são inspirados. Ambos os textos são uma benção. O enfoque de Marcos é mais genérico e o de Mateus específico. Os leitores de Marcos são gentios e o seu texto original estava em grego koiné. Já os leitores de Mateus são israelitas e o texto original está em hebraico. Lendo-se Marcos 10:1-12 em comparação com Mateus 19:1-12, encontraremos em Mateus as mesmas coisas que Marcos diz, só que tendo alguns acréscimos que este faz para maior entendimento do assunto. 

O argumento de que as expressões que indicam as exceções que existem nas Escrituras para as questões de divórcio nas declarações foram forjadas são simplesmente irrespondíveis. Se fôssemos acreditar nisto, seria melhor então, jogar a Bíblia inteira na lata do lixo. 

Um crente não está obrigado a viver com uma pessoa maníaca sexual, tarada, violenta, traidora, infiel ou adúltera. E ao deixar de estar ligada com este tipo de pessoa que está carregada de infidelidade, está na verdade dando valor ao padrão de santidade que as Escrituras ensinam e que podemos conhecer em Romanos 12:1-3 e 1 Coríntios 6:15-20. Diz a Escritura que “não sois de vós mesmos”.

Segundo Professor Duty: “O texto de Hebreus 7:22 e 8:6 afirma que Cristo deu à humanidade uma ‘aliança superior’ à de Moisés; contudo Moisés, tendo uma aliança inferior, executava adúlteros e criminosos sexuais, e libertava o cônjuge inocente para casar-se de novo. Portanto, se a aliança superior exige que o inocente se torne ‘uma só carne’ com criminosos sexuais, então nos parece que Moisés ofereceu ao cônjuge inocente uma situação mais justa”. 

Se há motivos justos para se divorciar, então não podemos nos opor ao mesmo, embora lamentemos como Deus o fez e faz.

Qual a causa que permite o divórcio?

R- A infidelidade de um dos cônjuges em qualquer nível ou área da vida, e não somente o adultério. 

Um texto bastante usado pelos defensores do casamento como forma indissolúvel em todas as circunstâncias é o de Malaquias 2:16.
“Porque o Senhor Deus de Israel diz que odeia o divórcio”

Este é outro texto que se usa sem consultar os demais textos, pois o fato de Deus odiar o divórcio não significa que não o tenha aceitado e permitido. O texto deve ser analisado à luz de Deuter. 24:1, 2 onde o próprio Deus estabeleceu o divórcio como um mandamento, como já demonstramos.

Além do mais, devíamos analisar o contexto da passagem onde Deus diz que odeia o divórcio. Estas palavras que transcrevemos mostram que Deus odeia todo tipo de divórcio. Os que a usam para pretender uma doutrina, quebram toda a base de entendimento das Escrituras, ou seja, tomam um texto isolado e lhe dão total poder de definição em uma questão.

Onde está a regra do contexto? Onde está a regra do texto?

R- Observemos o contexto e o texto: “Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher de tua mocidade, para a qual procedeste deslealmente, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança. . . . Pois Eu detesto o divórcio (odeio), diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis . . .”. (Malaquias 2:14, 16).

Examinemos as Escrituras, mas erramos em não fazê-lo corretamente. O divórcio é algo que Deus odeia, detesta, abomina, porque é fruto do quê?

R- Deslealdade, infidelidade e imoralidade. Não é e nunca foi o Plano de Deus que as pessoas que se casam se divorciassem. Mas em Deuteronômio 24:1, 2 e Mateus 19:9 e 5:32 Ele concordou que seria permitido e autorizou. Esta autorização, porém, não significa que Ele estivesse contente e alegre. Deus nunca apoiou a deslealdade de israelitas que se divorciavam de suas esposas “inocentes e honradas”. Não se está considerando o direito de todo israelita divorciar-se por adultério da esposa ou infidelidade dela. Nunca nos esqueçamos que a mulher não tinha muitos direitos na sociedade israelita: ela não podia repudiar o marido, só ele poderia repudiá-la dando Carta de Divórcio.

Outro texto interpretado de forma errada seria Marcos 6:18 e que diz:

“Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão”.

Leia Levítico 18:16 e 20:21 para verificar-se que em Israel não era realmente lícito que um irmão casasse com a cunhada enquanto o irmão dele vivesse. 

Herodes, repreendido por João Batista, estava com a mulher de seu irmão estando este ainda vivo! Isto era claríssimo adultério. Onde está escrito isto? 

R- use-se a regra da análise sinaítica e verificar-se-á esta verdade:


“Pois Herodes havia prendido a João e, maniteando-o, o guardava no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe; porque João lhe dizia: ‘Não te é lícito possuí-la. E queria matá-lo, mas temia o povo; porque o tinham como profeta”. (Mateus 14:3-5).

Leia Marcos 12:18-22 em conformidade com sua base de referência em Deuteronômio 25:5-12. Note-se que um irmão tinha a obrigação de casar-se com a mulher de seu irmão e fazer um filho nela, caso este irmão antes de morrer não tivesse tido nenhum descendente. Ora, Herodes certamente poderia ter tido relações sexuais com Herodias se este fosse o caso e o profeta João Batista não arriscaria a sua cabeça denunciando uma coisa que era obrigação de qualquer israelita nas condições especiais que aqui apresentamos.
Isto é suficiente para explicar o caso. E mesmo que o irmão de Herodes houvesse morrido, contudo tivesse algum “filho homem” pelo qual fosse chamada a sua descendência, então ainda assim Herodes estaria errado, pois a lei só lhe permitia tocar na cunhada se o irmão fosse morto e sem filho homem. Este caso isolado não serve nem para referência! 

Mais um texto usado de forma errada para mostrar indissolubilidade do casamento na negativa de divórcio e novo casamento é este: (1 Timóteo 3:2).

“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher”.


R- O texto não trata de adultério e nem de novo casamento. É uma ordenança para os que desejam ser pastores. O problema aqui em questão é a bigamia. Não se permite aqui, na vida dos pastores, um relacionamento com duas mulheres simultaneamente. Mas, evidentemente, se a mulher foi adúltera e ele se divorciou dela, poderia casar-se novamente e seguir seu ministério em paz. 

Não há a menor dúvida que usar este texto para apoiar a doutrina da indissolubilidade do casamento é um erro primário de quem não conhece a matéria!

Vejam  o Vídeo abaixo:

                                   Não Confunda Repúdio Com Divórcio




Conclusão:

O divórcio e novo casamento nos Evangelhos sempre foram um tema de grande interesse para os cristãos, em todas as épocas. Saber exatamente o que Jesus falou sobre estes assuntos é de extrema necessidade, para uma vida cristã salutar. Nosso estudo visou clarificar os pontos traduzidos e interpretados equivocadamente a respeito do aspecto conjugal, citados por Jesus, quando do seu ministério terreno. 

Muitos ao estudar e interpretar os texto bíblicos sobre o divórcio interpreta e entendem de maneira errada. E alguns manipulam as declarações da Bíblia para que se adaptem à sua teoria. Entretanto, deveríamos agradecer a Deus por seu espírito que nos guia a toda a verdade e não nos deixa enganados pelas nossas próprias ideias. A Bíblia corretamente estudada apresenta um claro ensino sobre isso. 

Em Gênesis 38:24, antes dos dias de Moisés, as mulheres adúlteras eram mortas. Quem decidia isto era o homem. A adúltera devia ser morta. A situação das mulheres era realmente muito ruim, porque o homem casado podia “adulterar sexualmente” com as prostitutas e ninguém lhe apedrejaria por isto, mas uma mulher casada era morta. Judá, envolvido nesta questão, era nada mais e nada menos que um dos “patriarcas de Israel”. Seria isto justo? Moralmente falando, seria correto? 

Aprendemos que A palavra ADULTÉRIO não aparece dentro do ensino referente ao divórcio, porque se uma mulher fosse adúltera, o marido não daria a ela uma Carta de Divórcio, por esse motivo, não havia necessidade desse pecado ser mencionado. Por causa do adultério o casamento chegava ao fim, não pela carta de divórcio, mas pela execução da sentença de morte. (cf. Deuteronômio 22:13-21). 

As pessoas divorciadas e, principalmente, as que se casam de novo, em muitos contextos eclesiásticos, têm sido excluídas da comunhão e do serviço cristão, da alegria e da igualdade, e até, muitas vezes, da salvação. Não devemos esquecer que Cristo também morreu na cruz, por essas pessoas.

Fontes de pesquisa:

A BÍBLIA SAGRADA. Tradução Revista e Atualizada no Brasil: João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1996;

A BÍBLIA E ESTUDO DE GENEBRA. Tradução Revista e Atualizada no Brasil: João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 2007;

BIBLEWORKS 7 e 8 – Software para Estudos da Bíblia. Virginia Estados Unidos, 2006 e 2009;

BÍBLIA HEBRAICA STUTTGARTENSIA. 5. ed. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, 1997;

CALLISON, Walter L. O Divórcio, A Lei e Jesus. p. 93-103 In.: CARVALHO, Esly Regina. Quando o Vínculo se Rompe; separação, divórcio e novo casamento. Viçosa Minas Gerais: Ultimato, 2003;

DUTY, Guy. Divórcio e Novo Casamento. Venda Nova Minas Gerais: Editora Betânia, 1979;

Prof. Jean Alves Cabral. Atigo- Divórcio e novo casamento;

http://douglasmalinoski.blogspot.com.br/

http://www.blues.lord.nom.br/mensagens-temas-relevantes-the-lord-church-bible/001-tra-divorcio-e-novo-casamento-biblia-sagrada.shtml

estrangeira.wordpress.com/2009/09/26/divorcio-e-recasamento-pecados-imperdoaveis-pelo-espirito-santo/.


CARVALHO, Esly Regina. Quando o Vínculo se Rompe; Separação, Divórcio e

Novo Casamento. Viçosa: Ultimato. 2000;


ELWELL, Walter. Enciclopédia Histórica – Teológica da Igreja Cristã. Tradução:
Gordon Chown. 3 volumes, São Paulo: Vida Nova. 1988.


sábado, 8 de novembro de 2014

A HOMOSSEXUALIDADE X CRISTIANISMO




Nota-se, cada vez mais, que as pessoas que não aprovam os atos homossexuais são colocadas na posição de preconceituosas e ficam assim encurraladas, sentindo medo de falar a verdade. Esse temor tem base. Pessoas que expõem uma opinião bíblica sobre a conduta gay são cruelmente criticadas por indivíduos que não aceitam o sexo natural homem/mulher. 


Por causa dessa pressão, muitos evangélicos estão cada vez mais em dúvida sobre a questão, pois permitem que a Palavra de Deus ocupe em suas vidas um espaço bem menor do que a esmagadora influência diária da mídia. É natural e inevitável: se nos alimentarmos mais dessa influência do que da Palavra, passaremos a ter o mesmo modo de pensar e sentir do mundo. Acharemos normal o que Deus acha anormal.

O objetivo aqui é levar ao debate sobre o tema para toda sociedade. A liberdade de expressão não se esgota no reconhecimento teórico do direito de falar ou escrever, mas compreende, além disso, inseparavelmente, o direito de utilizar qualquer meio apropriado para difundir o pensamento e fazê-lo chegar ao maior número de pessoas.

É importante assinalar que a liberdade de expressão é um meio para o intercâmbio de ideias e informações entre as pessoas compreender seu direito de comunicar a outras pessoas o seu ponto de vista, mas, implica também o direito de todos de conhecer opiniões, relatos e notícias. Democracia é debate. Não há debate sem liberdade. A divergência de pensamentos é uma ótima oportunidade para amadurecer, desde que seja feita de forma respeitosa.

O homossexualismo - hoje conhecido como homossexualidade é comumente definido como o comportamento que se caracteriza pelo interesse sexual exclusivo ou dominante por pessoas do mesmo sexo (em grego homos = o mesmo, do mesmo, com o mesmo). Recebe essa definição em contraposição ao heterossexualismo ou ao interesse sexual por pessoas do sexo oposto. Todavia, um estudo mais acurado concluirá que muitos homossexuais são bissexuais ativos, ou seja, mantêm ao mesmo tempo relacionamentos hétero e homossexuais. Nas últimas décadas tornou-se comum o uso do termo gay para designar homens e mulheres homossexuais. Historicamente, porém, o homossexualismo feminino é designado lesbianismo, palavra derivada de Lesbos, ilha grega onde a poetisa Safo escreveu diversas poesias de cunho homossexual. 

Safo dirigia uma escola de poesia e música em Lesbos, tendo sido muito criticada devido às relações que mantinha com suas alunas. Isso teve tanta repercussão na história que deu origem aos termos safismo e lesbianismo, com todos os seus derivados.

 O homossexualismo masculino é denominado pederastia, em referência à relação sexual entre um homem mais velho, o erastes, e um rapaz, o erômenos, na Grécia Antiga. Entretanto, a publicação recente das pesquisas minuciosas de Kenneth J. Dover sobre a antiga prática grega denuncia o equívoco de se identificar a pederastia com a moderna relação homossexual.
Segundo Dover, a pederastia grega era draconianamente regulada em seu exercício. Tal relação proibia os contatos físicos entre homens adultos, coito anal e manifestações apaixonadas entre parceiros, o que faria com que as práticas homossexuais do mundo atual fossem interpretadas como “perversões” na Grécia Antiga. As conquistas do movimento homossexual são notórias na mídia, na literatura e na sociedade de modo geral.

Ampliando casos específicos de meados do século 21, quando as publicações de Alfred Kinsey “desengavetaram” os assuntos relacionados à sexualidade humana, hoje, um número cada vez maior de pessoas faz questão de “sair do armário” (jargão gay) que designa a atitude de alguém em assumir sua preferência homossexual). Atualmente parece haver um consenso de que a única postura social a ser reprovada nesta matéria é clamor pela tolerância, como também pela aprovação do comportamento homossexual.

“TEOLOGIA INCLUSIVA”     

A Teologia Inclusiva não é um movimento pró-homossexual e contra a família. Pelo contrário: nas igrejas inclusivas congregam não apenas pessoas homossexuais, mas heterossexuais e suas famílias. Não existe igreja gay, como alguns insistem em dizer, assim como não existe igreja hétero. Essa afirmação apenas prova o desconhecimento do que é uma Igreja Inclusiva. Os homossexuais ainda lutam pelo direito de inclusão nas variadas estruturas religiosas cristãs no Brasil e no mundo. A igreja inclusiva busca demonstrar, pelas Escrituras Sagradas, que a homossexualidade é tão natural quanto à cor da pele ou dos olhos, por exemplo. “Isto não é uma nova teologia, mas sim um aspecto teológico fundamentado na dignidade da pessoa humana, nas necessidades individuais de homens e mulheres e na valoração da identidade de cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus”.



A “teologia inclusiva” é uma abordagem segundo a qual, se Deus é amor, aprovaria todas as relações humanas, sejam quais forem, desde que haja este sentimento. Essa linha de pensamento tem propiciado o surgimento de igrejas onde homossexuais, nesta condição, são admitidos como membros e a eles é ensinado que o comportamento gay não é fator impeditivo à vida cristã e à salvação. Assim, desde que haja amor genuíno entre dois homens ou duas mulheres, isso validaria seu comportamento, à luz das Escrituras. A falácia desse pensamento é que a mesma Bíblia que nos ensina que Deus é amor igualmente diz que ele é santo e que sua vontade quanto à sexualidade humana é que ela seja expressa dentro do casamento heterossexual, sendo proibidas as relações homossexuais.

O padrão de Deus para o exercício da sexualidade humana é o relacionamento entre um homem e uma mulher no ambiente do casamento. Nesta área, a Bíblia só deixa duas opções para os cristãos: casamento heterossexual e monogâmico ou uma vida celibatária. À luz das Escrituras, relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são vistas não como opção ou alternativa, mas sim como abominação, pecado e erro, sendo tratada como prática contrária à natureza. Contudo, neste tempo em que vivemos, cresce na sociedade em geral, e em setores religiosos, uma valorização da homossexualidade como comportamento não apenas aceitável, mas supostamente compatível com a vida cristã. Diferentes abordagens teológicas têm sido propostas no sentido de se admitir que homossexuais masculinos e femininos possam ser aceitos como parte da Igreja e expressar livremente sua homoafetividade no ambiente cristão.

HOMOSSEXUALIDADE NA VISÃO DA CIÊNCIA.

O movimento homossexual costuma citar pesquisas que dizem provar que um indivíduo pode se tornar homossexual por causa de fatores genéticos. O Dr. Gerard van den Aardweg, psicólogo holandês especializado em tratamento psicoterapêutico da homossexualidade e problemas de família, oferece a seguinte opinião:

…os padrões de comportamento comprovam a improbabilidade de que a orientação sexual tenha uma origem genética. Sabe-se, por exemplo, que até mesmo em pessoas com cromossomos anormais a orientação sexual depende principalmente do papel sexual em que a criança foi criada. Sem mencionar os tratamentos psicoterapêuticos que têm tido sucesso em mudar radicalmente a orientação de indivíduos homossexuais. Será que esses tratamentos então causam mudanças genéticas nas pessoas? Isso é improvável.

A questão mais séria é que os ativistas gays estão, de uma forma ou de outra, por trás das pesquisas que “provam” que o homossexualismo tem origem genética. Quem diz isso é o Dr. Vern L. Bullough, defensor do movimento homossexual e da pedofilia. Ele afirma:

A política e a ciência andam de mãos dadas. No final é o ativismo gay que determina o que os pesquisadores dizem sobre os gays.

Nem mesmo o famoso Dr. Alfred Kinsey, que os ativistas gays não se cansam de citar para apoiar suas práticas sexuais, parecia acreditar que o homossexualismo tem causas genéticas. Ele disse: “Eu mesmo cheguei à conclusão de que o homossexualismo é em grande parte uma questão de condicionamento.”

Vejam ao video: Que ninguém nasce Gay Diz a Ciência.


        A Bíblia Gay
Ativistas gays resolveram lançar sua própria Bíblia, onde, principalmente, os versos que condenam a prática homossexual foram “reeditados” para mostrar às pessoas que não existe condenação alguma da parte de Deus à prática homossexual (segundo essa Bíblia). Essa Bíblia foi batizada de “Queen James Bible” – (Bíblia Rainha James). O nome faz alusão à “King James Bible” (Bíblia Rei James), batizada originalmente em referência ao rei James da Inglaterra, que autorizou a primeira tradução para o inglês mais de 400 anos atrás. Como sempre desqualificar algo ou alguém parece ser a forma de afirmarem suas convicções.

Que os ativistas gays travam uma batalha contra aquilo que a Bíblia diz a respeito de suas práticas, todo mundo já sabe. Porém, essa iniciativa deles foi bem ousada agora. Apesar de terem sido ousados, a iniciativa apenas demonstrou claramente que eles fizeram uma manipulação dos textos para encaixar sua filosofia de vida e ficarem com sua consciência tranquila – Se já estivessem tranquilos por que precisariam fazer uma tradução da Bíblia adaptada aos seus interesses? Além disso, demonstrou também que, apesar de eles negarem, e até de certa forma rejeitarem a Bíblia, parece que a Palavra de Deus ainda cumpre o seu papel na vida do ser humano, incomodando o coração e confrontando o pecado, assim como disse o profeta Isaías a respeito da Palavra de Deus: “assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” (Isaías 55.11)



Cristãos que recebem a Bíblia como a palavra de Deus não podem ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que seria a validação daquilo que as Escrituras, claramente, tratam como pecado. O casamento está no âmbito da autoridade do Estado e os cristãos são orientados pela Palavra de Deus a se submeter às autoridades constituídas; contudo, a mesma Bíblia nos ensina que nossa consciência está submissa, em última instância, à lei de Deus e não às leis humanas – “Importa antes obedecer a Deus que os homens” (Atos 5.29). Se o Estado legitimar aquilo que Deus considera ilegítimo, e vier a obrigar os cristãos a irem contra a sua consciência, eles devem estar prontos a viver, de maneira respeitosa e pacífica em oposição sincera e honesta, qualquer que seja o preço a ser pago.


CONTRADIÇÕES TEOLÓGICAS:


NÃO HÁ NA BÍBLIA A PALAVRA HOMOSSEXUAL?
Teologia Inclusiva - Não há, na Bíblia, nenhuma só vez as palavras homossexual, lésbica ou homossexualidade. Todas as Bíblias que empregam estas expressões estão erradas e mal traduzidas. A palavra homossexual só foi criada em 1869, reunindo duas raízes linguísticas: Homo (do Grego, significando "igual") e Sexual (do latim). Portanto, como a Bíblia foi escrita entre 2 e 4 mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados terem usado uma palavra inventada só no século passado (GGB).


A verdade- Esse argumento demonstra total falta de compreensão sobre o que significamterminologia e conceito. A palavra homossexual, ou homossexualismo, é termo recente, mas o conceito é antigo. É claro que na Bíblia Sagrada não existe a palavra homossexual, pois este termo é moderno e o texto bíblico, antigo. O que não quer dizer que a Bíblia não a condene, pois, embora seja um termo novo, a prática é bem antiga... No decorrer deste artigo constataremos, sem sombras de dúvida, que a prática é condenada pela Bíblia Sagrada, mesmo sem usar o termo específico atualmente usado.


HÁ NA BÍBLIA INCENTIVO PARA A HOMOSSEXUALIDADE?


Teologia Inclusiva - Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? (Ec 4.11).

A verdade- Esse argumento tenta demonstrar que num clima quente como o da Judéia dormir juntos só pode ter conotação erótica revela um total desconhecimento da geografia da Terra Santa. Em Israel também neva. O livro de Eclesiastes foi escrito por Salomão, heterossexual com desejos incontroláveis, nunca teria escrito a favor da homossexualidade. Isso não encontra respaldo hermenêutico no contexto do versículo que, na verdade, fala de cooperação mútua.

Não se pode tomar um versículo de maneira isolada, fora do seu contexto, para se embasar uma doutrina ou prática. O capítulo 4 do livro de Eclesiastes trata dos males e das tribulações da vida, e não de práticas sexuais ou homossexuais.

Longe de ser um incentivo à homossexualidade, o contexto completo, ou perícope (Ec 4.9-12), trata de ilustrações sobre a necessidade do companheirismo, tendo em vista que viajar por aquelas terras inóspitas, acidentadas e pedregosas provocam quedas (versículo 10), além de ser uma região desértica de noites frias (v.11) e área de ataque de bandidos e salteadores (v.12). Estes eram alguns dos perigos enfrentados pelos viajantes de antigamente, e sugerem a necessidade de companhia por ocasião de acidentes, inconveniências e adversidades (CARSON, 2009, p.927).

Está claro que o sentido e a finalidade de dormirem juntos é para se aquentarem, não para fazerem sexo. Esse ensinamento é dado aos militares em guerra quando dormem ao relento; essa prática é utilizada por animais, a exemplo dos gatos, para dormirem aquecendo-se uns ao outros.


PAULO ERA HOMOSSEXUAL?

Teologia Inclusiva - Há teólogos protestantes que chegam a diagnosticar Paulo de Tarso como homossexual latente (alusão feita por ele próprio ao misterioso "espinho na carne" que tanto o preocupava, além de sua manifesta e cruel "misoginia" ou ódio às mulheres).

A verdade- O texto aludido é o seguinte:

E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar (2Co 12.7).

Há muita especulação a respeito desse espinho na carne de Paulo, quase todas sem a menor base bíblica. Entretanto, era algo que naturalmente impunha a Paulo um reconhecimento de sua condição de homem falível e mortal, além de impedi-lo do orgulho espiritual.

O “espinho na carne” é uma metáfora aludindo a uma espécie de situação dura e de difícil convivência. Com uma indicação de provável complicação com os olhos:

E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne; e não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne, antes me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo. Qual é, logo, a vossa bem-aventurança? Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis (Gl 4.13-15).

Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão (Gl 6.11).

O texto do capítulo 4 de Gálatas mostra que Paulo admitiu ter uma enfermidade física que lhe causava dificuldades, “seu estado de saúde” foi uma prova dura para os gálatas que, mesmo assim, o trataram com dignidade.

Logo, podemos entender o espinho na carne de Paulo como uma experiência dolorosa, que se constituía numa dificuldade que o acompanhava e o prejudicava muito, provavelmente uma enfermidade grave, difícil e dolorosa. Não há nada que relaciona o espinho na carne com homossexualidade. Essa afirmação redunda numa aberração hermenêutica e pura especulação infundada.
JESUS ERA HOMOSSEXUAL?

Teologia Inclusiva - Jesus Cristo mostrou-se particularmente aberto à homossexualidade, revelando carinhosa predileção por João Evangelista, "o discípulo que Jesus amava", o qual, na última Ceia, esteve delicadamente recostado no peito do Divino Mestre. Há teólogos que chegam a sugerir que Jesus era homossexual, pois além de nunca ter condenado o homoerotismo, conviveu predominantemente com companheiros do seu próprio gênero, manifestou particular predileção pelo adolescente João e nunca se casou, além de revelar muita sensibilidade com as crianças e com os lírios do campo, comportamentos muito mais comuns entre homossexuais do que entre machões. O ensinamento do discípulo que Jesus amava não podia ser mais claro: "Filhinhos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e tudo o que é amor é nascido de Deus e conhece a Deus" (I João, 4:4) (GGB).


A verdade- O fato de Jesus Cristo nunca ter falado contra a homossexualidade não significa sua aprovação. Ele também não se pronunciou claramente sobre muitos outros problemas sociais, tais como: sequestros, abuso sexual, prostituição infantil, tráfico de drogas. Entretanto, a Bíblia apresenta direta e indiretamente os princípios inegociáveis de Deus para a moralidade e dignidade humanas. Na verdade, ao se referir ao plano de Deus para a sexualidade, Jesus reafirmou o ensino veterotestamentário sobre o casamento heterossexual e monogâmico. Ele excluiu a suposta naturalidade das práticas homossexuais quando incentivou o casamento (CACP, 2012).

Jesus Cristo, que conhecia muito bem as Escrituras, sabia que desde o início, a ordenança para o relacionamento sexual tinha o caráter pós-nupcial, monogâmica e heterossexual:

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn 2.24).

Por isso ratificou essa ordenança nas suas mensagens:

Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem (Mc 10.6-9; Mt 19.4-6).

Deus Eterno que se fez homem jamais nutriria por suas criaturas qualquer tipo de amor que não fosse puramente ágape (amor de Deus pelos homens). E foi exatamente isso que Jesus demonstrou por todos. Essas interpretações deturpadas e essa cristologia distorcida perdem a oportunidade de ver a beleza do relacionamento Criador-criatura, Salvador-pecador, Senhor-servo, Mestre-discípulo e, especialmente, Pai-filho, inserindo a conotação homossexual nestas relações (CACP, 2012).


O ANTIGO TESTAMENTO NÃO CONDENA A HOMOSSEXUALIDADE?

Teologia Inclusiva - A Bíblia não é interpretada adequadamente; o que a Bíblia condena é a homossexualidade promíscua”.

A verdade- A Antiga Aliança condena a homossexualidade em todos os seus aspectos, não apenas as ocorridas em ritos idólatras, como afirmam alguns ativistas. Dentre os textos mais esclarecedores, destacamos:

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gn 1.27).

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn 2.24).

Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é (Lv 18.22).

Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher,ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles (Lv 20.13).

Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao SENHOR teu Deus (Dt 22.15).


Confira duas passagens esclarecedoras sobre reprovação do comportamento homossexual no meio do povo de Deus:

E antes que se deitassem, cercaram a casa, os homens daquela cidade, os homens de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros. E chamaram a Ló, e disseram-lhe: Onde estão os homens que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos. Então saiu Ló a eles à porta, e fechou a porta atrás de si, e disse: Meus irmãos, rogo-vos que não façais mal; eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram homens; fora vo-las trarei e fareis delas como bom for aos vossos olhos; somente nada façais a estes homens, porque por isso vieram à sombra do meu telhado (Gn 19.4-8). - Ver item 2, deste artigo, contendo mais esclarecimentos sobre esta passagem em Gn 19.

Estando eles alegrando o seu coração, eis que os homens daquela cidade(homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao ancião, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos. E o homem, dono da casa, saiu a eles e disse-lhes: Não, irmãos meus, ora não façais semelhante mal; já que este homem entrou em minha casa, não façais tal loucura. Eis que a minha filha virgem e a concubina dele vo-las tirarei fora; humilhai-as a elas, e fazei delas o que parecer bem aos vossos olhos; porém a este homem não façais essa loucura (Jz 19.22-24).

NÃO HÁ OUTROS VERSÍCULOS DO ANTIGO TESTAMENTO QUE REPROVAM A HOMOSSEXUALIDADE?

Teologia Inclusiva - A questão bíblica contra a homossexualidade é baseada em alguns versículos isolados e obscuros do Antigo Testamento.

A verdade- Há outros versículos que colaboram aos já apresentados neste artigo:

Havia também sodomitas [rapazes escandalosos, na ARC] na terra; fizeram conforme a todas as abominações dos povos que o SENHOR tinha expulsado de diante dos filhos de Israel (1Rs 14.24).

E Asa fez o que era reto aos olhos do SENHOR, como Davi seu pai. Porque tirou da terra os sodomitas [rapazes escandalosos, na ARC], e removeu todos os ídolos que seus pais fizeram (1Rs 15.11,12).

E andou em todos os caminhos de seu pai Asa, não se desviou deles, fazendo o que era reto aos olhos do SENHOR. (...) Também expulsou da terra o restante dos sodomitas [rapazes escandalosos, na ARC], que ficaram nos dias de seu pai Asa (1Rs 22.43,47).

O aspecto do seu rosto testifica contra eles; e publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos(Is 3.9).


O VERBO “CONHECER” EM GN 19 NÃO SE REFERE À SEXUALIDADE?

Teologia Inclusiva - Das 943 vezes que aparece esta palavra no Antigo Testamento ("yadac" em hebraico), em apenas 10 ela tem significado heterossexual - nenhuma vez o sentido homossexual. A associação do pecado dos "sodomitas e gorromitas" com a homossexualidade é um grave erro histórico, que tem sua oficialização pela igreja católica apenas na Idade Média, a "idade das trevas" (GGB).

O primeiro significado da palavra hebraica yada, “conhecer”, é “familiarizar-se” ou “ter conhecimento de”, e que tem pouca conotação sexual.

Por essa perspectiva, os sodomitas ficaram zangados com Ló por permitir que estranhos, cujos motivos, bons ou maus, que eram desconhecidos, entrassem na casa dele. Sendo assim, as pessoas da cidade exigiam “saber” o intento e o caráter dos estranhos.

A verdade- As argumentações expostas pelos ativistas homossexuais não resiste à mínima análise do texto em questão

1) O significado de uma palavra é determinado, não só pela definição e prioridade, mas também pelo contexto em geral. E nesse contexto yada designa somente o ato sexual;

2) Diante daquela emergência, Ló tomou uma atitude desesperada oferecendo apressadamente as suas próprias filhas para suavizar o apetite sexual daqueles homens;

3) Por que um pai ofereceria suas filhas para serem estupradas, se os sodomitas queriam apenas “conhecer” as intenções dos visitantes?

4) Ló se refere à virgindade das suas filhas, entendendo, portanto, a conotação sexual do pedido sodomita e oferecendo um suborno sexual;

5) No versículo 8 o mesmo verbo yada é utilizado quando Ló descreve suas filhas como “nunca tendo conhecido” um homem. Obviamente se referindo à relação sexual,já que conheciam homens no sentido social;

6) Outras passagens bíblicas adicionais identificam que o pecado principal de Sodoma era a sexualidade pervertida:

E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas). Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades (2Pe 2.7-10);

Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno (Jd 7).

7) A tradição judaico-cristã testifica, invariavelmente, o pecado de Sodoma como sendo a homossexualidade. Filo, um judeu de Alexandria (25 a.C. – 45 d.C.), comentou que em Sodoma os homens se acostumaram a ser tratados como mulheres

8) Se essa passagem nunca fez referência à homossexualidade, por que então o termo “sodomia” se tornou um sinônimo universal de homossexualismo? No Brasil, por exemplo, o Novo Dicionário Aurélio, define o termo assim:

“Conjunção sexual anal, entre homem e mulher, ou entre homossexuais masculinos.”


AS PASSAGENS DE LEVÍTICO CONDENAM APENAS A PROSTITUIÇÃO CULTUAL MASCULINA?

Teologia Inclusiva - As passagens de Levítico não condenam a homossexualidade em si, numa base moral, mas sim a prostituição cultual masculina, ou a impureza ritual associada à idolatria cananita.

Desde que as práticas religiosas idólatras cananitas que o Levítico condena cessaram milhares de anos atrás, elas não podem se aplicar aos “relacionamentos homossexuais amorosos e compreendidos” nos dias de hoje.

A verdade- Até mesmo muitos ativistas da homossexualidade reconhecem a falta de base para essas argumentações. Não existe nada no texto que evidencie tais ideias. Confira:

Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é (Lv 18.22).

Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles (Lv 20.13).

Quando Deus quer mencionar especificamente as práticas de prostituição cultual, Ele o faz claramente, não misturando o sagrado com o profano:

Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel. Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do SENHOR teu Deus por qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao SENHOR teu Deus (Dt 23.17,18).

Finalizando, todo o contexto de Levítico 18 e 20 trata, principalmente, de moralidade, e não de adoração idólatra. As passagens de Levítico lidam com interesses morais, não meramente com o fato de participação em rituais cananeus idólatras.


DAVI E JÔNATAS ERAM HOMOSSEXUAIS? 

Teologia Inclusiva - “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres” (2Sm 1.26). 

A verdade- A homossexualidade não resiste à análise do texto. 

A palavra hebraica ahaváh, traduzida por amor, no Antigo Testamento, não tem apenas um único sentido, mas vários: 

a) Amor paternal: 

"E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó" (Gn 25.28). 

b) Amizade (neste caso, entre o próprio Davi e o pai de Jônatas, o rei Saul): 

"Assim Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e o amou muito, e foi seu pajem de armas" (2Sm 16.21). 

c) Amor a Deus: 

"Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças" (Dt 6.5). 

d) Amor ao próximo: 

"Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR" (Lv 19.18). 

Em todos estes exemplos, o verbo usado na Bíblia é ahaváh. Portanto, necessitamos do contexto particular do versículo, ou, até mesmo, do contexto geral da Bíblia para determinar o seu real significado. 

No caso de Davi, ao declarar que o amor que sentia por Jônatas ultrapassaria o de mulheres, ele não quis inserir nenhuma conotação erótica, e sim, algo muito diferente de atração física: 

E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma. (…) E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma (1Sm 18.1,3) 

Creio que ninguém tem desejos sexual pela sua própria alma! 

Esse amor perdurou e foi demonstrado, até mesmo, muito tempo após a morte de Jônatas, através de benevolência feita por Davi ao filho de Jônatas (isso mesmo, ele era pai): 

E disse Davi: Há ainda alguém que tenha ficado da casa de Saul, para que lhe faça benevolência por amor de Jônatas? (…) E disse-lhe Davi: Não temas, porque decerto usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu sempre comerás pão à minha mesa (2Sm 9.1,7). 

Será que, com os versículos que se seguem, devemos deduzir que Davi também tinha uma relação homossexual com o rei Saul e com Hirão, rei de Tiro? 

Assim Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e o amou muito, e foi seu pajem de armas (1 Sm 16.21). 

E enviou Hirão, rei de Tiro, os seus servos a Salomão (porque ouvira que ungiram a Salomão rei em lugar de seu pai), porquanto Hirão sempre tinha amado a Davi(1 Rs 5.1). 

A relação afetiva e sexual de Davi era com sua(s) esposa(s) e o mesmo acontecia com Jônatas. 

Aliás, o amor das mulheres era algo que Davi apreciava de maneira exacerbada. Sua poligamia com Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Agita, Abital e Eglá e seu adultério com Bate-Seba são provas cabais da forte atração que Davi sentia pelo sexo oposto(1Sm 18.27; 25.42-43; 2Sm 3.2-5; 11.1-27).


OS BEIJOS ENTRE DAVI E JONATAS PROVAM QUE ELES ERAM HOMOSSEXUAIS? 

Teologia Inclusiva - "E indo-se o moço, levantou-se Davi do lado do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-se três vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, mas Davi chorou muito mais" (1Sm 20.41). 

A verdade- No Oriente Médio (e até em outras regiões do mundo, como a Rússia, por exemplo), o beijo sempre foi uma demonstração de afeto, independente do sexo das pessoas envolvidas. 

No Novo Testamento os cristãos foram ordenados a se beijarem como saudação, não significando que a homossexualidade estivesse sendo ordenada entre os cristãos: 

Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As igrejas de Cristo vos saúdam (Rm 16.16). 

Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo (1Co 16.20). 

Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todos os santos vos saúdam (2Co 13.12). 

Saudai a todos os irmãos com ósculo santo (1Ts 5.26). 

Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz seja com todos vós que estais em Cristo Jesus. Amém (1Pe 5.14). 

Jesus reclamou a Pedro: 

Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés (Lc 7.45). 

Veja como é comum a prática do beijo nas Escrituras Sagradas: 

Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram (Gn 33.4). 

E beijou a todos os seus irmãos, e chorou sobre eles; e depois seus irmãos falaram com ele (Gn 45.15). 

Então José se lançou sobre o rosto de seu pai e chorou sobre ele, e o beijou (Gn 50.1). 

Disse o SENHOR a Arão: Vai ao deserto, ao encontro de Moisés. E ele foi, e encontrou-o no monte de Deus, e beijou-o (Ex 4.27). 

Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, e inclinou-se, e beijou-o, e perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na tenda (Ex 18.7). 

Então levantaram a sua voz, e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra, porém Rute se apegou a ela (Rt 1.14). 

Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança? (1Sm 10.1). 

Havendo, pois, todo o povo passado o Jordão, e passando também o rei, beijou o rei a Barzilai, e o abençoou; e ele voltou para o seu lugar (2Sm 19.39).


O NOVO TESTAMENTO NÃO CONDENA A HOMOSSEXUALIDADE?

Teologia Inclusiva - “O Antigo Testamento possui regras que não se aplicam mais. No Novo Testamento Jesus mandou-nos amar uns aos outros”. 

A verdade- Para efetivarmos uma doutrina para o período atual, ela tem que estar confirmada no Novo Testamento. E ele confirma claramente a condenação ao ato homossexual, confirmando a heterossexualidade: 

Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? (Mt 19.4,5). 

E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também oshomens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm(Rm 1.23-28). 

Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus (1Co 6.9,10). 

Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente; sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina, conforme o evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado (1Tm 1.8-11).



             Kit -Gay o que é?


O kit contém material educativo composto de vídeos, boletins e cartilhas com abordagem do universo de adolescentes homossexuais que seria distribuído para seis mil escolas da rede pública, para alunos de 7 a 10 anos, em todo o país no programa Mais Educação.
ENTENDENDO A HISTÓRIA:

O projeto conta com três vídeos educativos, onde cada um relata uma história diferente relacionada à homofobia. Em um deles, intitulado “Encontrando Bianca”, um adolescente de aproximadamente 15 anos se apresenta como José Ricardo, nome dado pelo pai, que era fã de futebol. 

O garoto do filme, no entanto, aparece caracterizado como uma menina, como um exemplo de um travesti jovem. Em seu relato, o garoto conta que gosta de ser chamado de Bianca, pois é nome de sua atriz preferida, e reclama que os professores insistem em chamá-lo de José Ricardo na hora da chamada. O jovem travesti do filme aponta um dilema no momento de escolher o banheiro feminino em vez do masculino e simula flerte com um colega do sexo masculino ao dizer que superou o bullying causado pelo comportamento homofóbico na escola. Na versão feminina (“Torpedo”) da peça audiovisual, o material educativo anti-homofobia mostra duas meninas namorando.

O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, afirma que o ministério teve dificuldades para decidir sobre manter ou tirar o beijo gay do filme.

“Nós ficamos três meses discutindo um beijo lésbico na boca, até onde entrava a língua. Acabamos cortando o beijo”, afirmou o secretário.







OBJETIVO DA CRIAÇÃO DO KIT:

O kit é destinado a combater a homofobia nas escolas públicas e é resultado de um convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos). O MEC decidiu por criar e distribuir o kit após um estudo realizado em escolas de 11 capitais, que mostrou um quadro de tristeza, depressão, baixo rendimento escolar, evasão e suicídio entre os alunos gays, da 6ª à 9ª séries, vítimas de preconceito.
































Vejam aos videos e reflitam!




       Videos do Kit Gay

               1º Video


               2º Video



Segundo o Deputado Federal - Jean Wyllys

" A  parada gay é um evento que garante na agenda pública um espaço para revindicações e pros modos de vida dos homossexuais".

Governo federal investe 12 milhões ao ano para esse evento que eles chamam de ¨Evento Cultural¨ Ao meu ponto de vista é um evento de apologia a promiscuidade e drogas.

O vídeo abaixo comprova o que é a parada gay.  



















O vídeo a seguir mostra o falecido Deputado Federal  Clodovil Hernandes sendo vaiado pelos militantes gays por ser contrario a luta do reconhecimento e da parada Gay.
















Quem estar com a Razão? Tire suas conclusões após este vídeo.

















O que a causa gay defende? 

Será, este é o verdadeiro espírito do ativismo gay?, levar o " desacato a desordem" para todas as dimensões da vida humana, social e religiosas?

Vejam ao concurso de Jesus Gay na parada dos USA.


Conclusão:

É fundamental, aqui, fazer uma importante distinção. O que a Bíblia condena é a prática homossexual, e não a tentação a esta prática. Não é pecado ser tentado ao homossexualismo, da mesma forma que não é pecado ser tentado ao adultério ou ao roubo, desde que se resista. As pessoas que sentem atração por outras do mesmo sexo devem lembrar que tal desejo é resultado da desordem moral que entrou na humanidade com a queda de Adão e que, em Cristo Jesus, o segundo Adão, podem receber graça e poder para resistir e vencer, sendo justificados diante de Deus.

É preciso também repudiar toda manifestação de ódio contra homossexuais, da mesma forma com que o fazemos em relação a qualquer pessoa. Isso jamais nos deveria impedir, todavia, de declarar com sinceridade e respeito nossa convicção bíblica de que a prática homossexual é pecaminosa e que não podemos concordar com ela, nem com leis que a legitimam. Diante da existência de dispositivos legais que permitem que uma pessoa deixe ou transfira seus bens a quem ele queira, ainda em vida, não há necessidade de leis legitimando a união civil de pessoas de mesmo sexo – basta a simples manifestação de vontade, registrada em cartório civil, na forma de testamento ou acordo entre as partes envolvidas. O reconhecimento dos direitos da união homoafetiva valida a prática homossexual e abre a porta para o reconhecimento de um novo conceito de família. No Brasil, o reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo para fins de herança e outros benefícios aconteceu ao arrepio do que diz a Constituição: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (Art. 226, § 3º).

A igreja precisa estar preparada para responder de forma, clara e consistente aos assuntos atuais e que a sociedade deseja resposta. O Evangelho do Senhor Jesus é por si inclusivo, não fazendo assim acepção de pessoas, porém todo pecado é abominável aos olhos do Senhor Deus não menor ou maior. Como está escrito: Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, mas há uma superabundante graça que todos que confessam e deixam alcançam misericórdia. A graça salvadora na pessoa do Senhor Jesus é para todos quantos o reconhecem como suficiente.
Não há desvio no caminho proposto pelo Senhor, não há meio termo na interpretação da Palavra, seja anátema todo que assim procede. Que o Senhor nos ajude a proclamar essa verdade na essência, sem meios termos. Ainda que nos custe alto preço o maior já foi pago na cruz do calvário.


Fontes de pesquisa:

Dr. Gerard van den Aardweg, The Battle for Normality (Ignatius Press: San Francisco-EUA, 1997), p. 29.

Drª Judith Reisman, Kinsey, Sex & Fraud (Huntington House Publishers: Lafayette-EUA, 1990), p. 212. 

[1]QUESTIONS I’M ASKED MOST ABOUT HOMOSEXUALITY, An Interview with Sinclair Rogers (Choices: Singapura, 1993), p. 4.

Livro -Evolution's Rainbow, da Autora Joan Roughgarden em portugues.

ANKERBERG, John & WELDON, John. Os fatos sobre a homossexualidade.Chamada da meia-noite.

BAILEY, D. Sherwin. Homossexuality and the western Christian Tradition. Hamden, CT: Shoe String Press, 1975.

CACP - Centro Apologético Cristão de Pesquisas. A Teologia Gay. Disponível em: <www.cacp.org.br/a-teologia-gay>. Acesso em: 24.set.2012

CARSON, D.A. et al. Comentário bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009.

GGB, Grupo Gay da Bahia. O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade. Disponível em: <www.ggb.org.br/cristao>. Acesso em: 19.set.2012.

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