terça-feira, 15 de abril de 2014

O LOUVOR GOSPEL CONTEMPORÂNEO TEM BASE BÍBLICA? AS LETRAS DAS CANÇÕES COLOCA DEUS COMO O CENTRO?






“Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”(2 Ts. 2:3,4).




A música evangélica” é a que cumpre a finalidade para a qual foi composta – e é bíblica. Se foi concebida para ser um louvor, deve exaltar Deus e seus feitos de modo que a criatura agrade o Criador. Se foi concebida para ser didática, deve ensinar bem quem ouve acerca do que transmite. Se foi concebida para levar os irmãos à comunhão, deve fazê-lo de forma ordenada e natural. E se foi concebida para ser ouvida e apreciada, deve ser bela aos ouvidos de quem ouve. Tudo isso independentemente de estilo, ritmo, melodia, quem canta, quem compôs, se é ou não versão e muito menos se provoca emoção. Mas, sempre, tem de ser bíblica. Se não for… não é música cristã.

Há uma expressão muito usada nos dias de hoje e  que tem gerado uma profunda preocupação. É a conhecida expressão: "não tem nada a ver". 

Muitas vezes quando admoestamos alguém, por algo que ela está fazendo, logo recebemos como resposta: "isso não tem nada a ver; vocês estão por fora; estão exagerando.". 


Por conta desse tipo de postura, muitos cristãos têm sido influenciados, de forma negativa, por canções cujas letras expressam doutrinas antibíblicas ou extra-bíblicas. E por falta de conhecimento ou discernimento, por parte de quem as ouvem, essas músicas acabam por fazer parte do contexto doutrinário de muitas igrejas e denominações.



A música também é um veículo para transporte de mensagens claras, isto é, explícitas. 
A história nos mostra que a música tem sido uma arma poderosa para difusão de mensagens às grandes massas. Não há nos dias de hoje um veículo tão eficaz para manipulação de idéias e comportamentos como a música. 

A música aprovada nas Escrituras é uma música de fé. Não é uma simples explosão carnal de sentimentalismo emotivo, mas uma expressão claramente definida da adoração verdadeira do coração. Que Deus livre Seu povo do tipo de música cuja intenção principal é mexer com os sentidos físicos ou sentimentos. 

Hoje, produto da apostasia escatológica, o profano vai tomando conta do lugar santo, impondo uma música irreverente incitada por “outro espírito” que é fruto do “outro evangelho”. A profanação é real e os estragos também. Poucos pastores estão se levantando contra tal afronta. Parte desta minoria é colocada para fora da igreja pela maioria dos jovens (muitos apoiados pelos pais) que querem “inovar” o culto com “alaridos estranhos”. Há, também, não se sabe até quando, os que estão preservando os valores do culto bíblico oferecido ao Altíssimo. É uma luta constante. Sem tréguas. Exige vigilância, oração e intrepidez. 


Serão as melodias atraentes que fazem com que muitos grupos substituam os antigos hinos - tão ricos na sã doutrina, que evoca verdadeiro louvor e adoração - por canções superficiais e repetitivas?

Por que a realidade dos louvores que cantamos em nossas igrejas chegou a esse panorama? Por que pessoas reconhecidas nacionalmente, como sendo "Adoradores", compõem canções que fogem totalmente dos preceitos bíblicos?

A resposta é simples a música (gospel) e não louvor é um produto comercial com apelo da mídia secular e de seus interessados,  Satanás quer destruir a vida dos jovens com esse louvor mundano. Ele sabe bem, e muito, as conseqüências danosas que conseguirá sutilmente com tais ritmos alucinantes que está infiltrando no meio cristão através do Movimento Gospel.  

Análise das músicas gospel:

SABOR DE MEL.( DAMARES)


Letra:

O agir de Deus é lindo
Na vida de quem é fiel
No começo tem provas amargas
Mas no fim tem o sabor do mel
Eu nunca vi um escolhido sem resposta
Porque em tudo Deus lhe mostra uma solução
Até nas cinzas ele clama e Deus atende
Lhe protege
Lhe defende
com as suas fortes mãos
Você é um escolhido
E a tua história não acaba aqui
Você pode estar chorando agora
Mas amanhã você irá sorrir.

Deus vai te levantar das cinzas e do pó
Deus vai cumprir tudo que tem te prometido
Você vai ver a mão de Deus te exaltar
Quem te vê há de falar
Ele é mesmo escolhido.

Vão dizer que você nasceu pra vencer
Que já sabiam porque você
Tinha mesmo cara de vencedor
E que se Deus quer agir ninguém pode impedir
Então você verá cumprir cada palavra
Que o Senhor falou,

Quem te viu passar na prova
E não te ajudou
Quando ver você na benção
Vão se arrepender
Vai estar entre a platéia
E você no palco
Vai olhar e ver
Jesus brilhando em você
Quem sabe no teu pensamento
Você vai dizer
Meu Deus como vale a pena
A gente ser fiel
Na verdade a minha prova
Tinha um gosto amargo
Mas minha vitória hoje
Tem sabor de mel.

Tem sabor de mel
Tem sabor de mel
A minha vitória hoje
Tem sabor de mel
.



Não é por acaso que esta canção se tornou um fenômeno de venda de CDs entre as demais músicas gospel do momento, pois ela trata exatamente do que boa parte da igreja evangélica busca hoje em dia.  vitória e conquista. Eis o segredo para quem deseja o sucesso no meio gospel ultimamente.



Análise 1º“Vão dizer que você nasceu pra vencer”homem não nasceu pra vencer, ele nasceu pra perder, porque nasceu em pecado {Sl 51.5}, e o salário do pecado é a morte {Rm 6.23}. Se somos vencedores hoje, somos vencedores “... por aquele que nos amou” {Rm 8.37}. 

Quando a Bíblia fala sobre o crente vitorioso, sempre associa a nossa luta contra os desejos carnais, o mundo e o diabo {Ef 4.27; 6.12; Tg 4.7; I Jo 2.15-16; 4.4; 5.4}, e a nossa vitória é sempre “... por nosso Senhor Jesus Cristo” {I Co 15.57}, e não por nossa capacidade {II Co 3.5}.


Análise 2  “Que já sabiam por que você tinha mesmo cara de vencedor”.


Uma expressão muito comum nos livros de auto-ajuda. Augusto Cury, um dos escritores mais importantes desse seguimento, tem alguns livros que reforçam essa ideia. Por exemplo: Você é Insubstituível e Nunca Desista de Seus Sonhos. 

Existe um livro intitulado O Segredo das Mentes Vencedoras que, na sua propaganda diz: “O verdadeiro sucesso ocorre em três dimensões (física, mental e espiritual). Qualquer pessoa no mundo é capaz de atingi-lo, desde que se prepare para isso e que acredite que nós, seres humanos, nascemos para vencer”.

Ou seja, está sugerindo que o ser humano pode ser vencedor sozinho, sem a Ajuda do Alto.


Análise 3 “Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na bênção vão se arrepender”.


Deus não nos livra das provações para que outros vejam e sintam-se envergonhados, mas porque o propósito dele já foi alcançado. Não existe a necessidade de provar ou de “esfregar na cara” dos irmãos as nossas vitórias.

Essa canção cria um sentimento de vingança, isso é muito comum na musicalidade pentecostal ou “hinos” de fogo e motivação, estão ensinando o prazer da vingança mediante as bênçãos de Deus.


Totalmente fora do contexto bíblico veja o que diz a palavra. Orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” {Mt 5.44}. E as palavras de Paulo “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. {Rm 12.19}.


Análise 4 “Vai estar entre a platéia e você no palco”.
A figuração entre platéia e palco não significa outra coisa que não seja exaltação ao homem.
 aproximando o que é culto a Deus a show gospel onde a estrela é o artista.

Análise 5  “Mas minha vitória hoje tem sabor de mel, tem sabor de mel, tem sabor de mel, a minha vitória hoje tem sabor de mel”

O refrão é repetido reforça a ideia de vingança.
Parece dizer "como foi doce a vingança, venci e você perdeu"! 


Faz um milagre em mim (Regis Danese / Gabriela) 

Letra:

Como Zaqueu eu quero subir
o mais alto que eu puder
só pra te ver, olhar para Ti;
e chamar sua atenção para mim.
Eu preciso de Ti, Senhor eu preciso de Ti, Oh! Pai
sou pequeno demais
me dá a Tua Paz
largo tudo pra te seguir.

Entra na minha casa entra na minha vida
mexe com minha estrutura
sara todas as feridas
me ensina a ter Santidade quero amar somente a Ti,
porque o Senhor é o meu bem maior,
Faz um Milagre em mim. 





 pergunta: Zaqueu, quando subiu na figueira, era um seguidor de Jesus, um verdadeiro adorador? 


Não. Ele era um chefe dos publicanos, desobediente a Deus e corrupto (cf. Lucas 19:1-10). Nesse caso, como um crente em Jesus Cristo, liberto do poder do pecado, pode ainda desejar  ser como Zaqueu, antes de seu maravilhoso encontro com Jesus? 



Por que Zaqueu subiu naquela árvore? Ele estava sedento por salvação? Queria, naquele momento, ter comunhão com Jesus?

 Não. A Palavra de Deus afirma: "E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um varão chamado Zaqueu; e era este chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura" (Lucas 19:1-3). Ele não subiu na figueira porque estava desejoso de ter comunhão com Jesus, mas porque estava curioso para vê-lo. 

Será que precisamos subir o mais alto que pudermos para chamar a atenção do Senhor? Zaqueu, segundo a Bíblia, subiu na figueira por curiosidade. Mas Jesus, olhando para cima, lhe disse: "Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa" (Lucas 19:5). Observe que não foi Zaqueu quem chamou a atenção de Jesus. Foi o Senhor quem olhou para cima e viu aquele pecador perdido e atentou para ele (cf. Mateus 9:36). 
A atitude de Zaqueu que nos serve de exemplo não foi o subir, e sim o descer, para atender o chamamento de Jesus: "E, apressando-se, desceu, e recebeu-o gostoso" (Lucas 19:6). 


Os sonhos de Deus (Ludmila Ferber) 


Letra:

Se tentaram matar os teus sonhos 
Sufocando o teu coração 
Se lançaram você numa cova 
E, ferido, perdeu a visão 
Não desista, não pare de crer 
Os sonhos de Deus jamais vão morrer 
Não desista, não pare de lutar 
Não pare de adorar 
Levanta teus olhos e vê: 
Deus está restaurando os teus sonhos 
E a tua visão 
Recebe a cura 
Recebe a unção 
Unção de ousadia 
Unção de conquista 
Unção de multiplicação


A figura de Deus sonhando, embora bela e inspiradora em certo sentido, não possui fundamentação bíblica e pouco fala sobre Deus, senão revelando um caráter passivo. Deus não sonha, Ele age (cf. Daniel 4:35). Deus não sonha, Ele decreta tudo o que há de acontecer na história do homem (cf. Salmo 139:16). Dizer que Deus sonha é considerá-lo humano e desconsiderar atributos essenciais à Divindade, como a onisciência. 

É muito comum ouvirmos que Deus sonha e que os sonhos de Deus são estes, são aqueles. Escutamos falar que Deus vai dar Seus sonhos para nós. Bem, se sonho é desejo por realizar, e se Deus é soberano sobre todas as coisas, podemos concluir que essa afirmação está errada. Deus não sonha. Deus não idealiza algo para o futuro, pois para Ele tudo é presente. Deus também não precisará lutar e tentar para conseguir; Ele pode todas as coisas.

Segundo o dicionário Aurélio, o sonho é um "produto da imaginação; fantasia, ilusão". Já o dicionário Michaelis afirma que sonho é um sinônimo de "devaneio; utopia". E que sonhar é "entregar-se a devaneios e fantasias; é idealizar coisas irrealizáveis". Os sonhos servem para que os seres humanos, conscientes das suas limitações, aspirem à realização e concretização de um projeto para o futuro, pois, no presente momento, esse projeto é impossível de realizar-se por causa da sua incapacidade humana.

Os sonhos são para nós e não para Deus. Eu e você temos que sonhar com as coisas e as obras pertencentes a Deus, ter desejos e ideais, desejar com insistência, ter a ideia fixa de almejar. Segundo Sigmund Freud, "o sonho é a satisfação de que o desejo se realize".

Nós sonhamos, mas Deus não. Sonhos são abstratos e, não raras vezes, inatingíveis. O grande desafio é fazer com que os nossos sonhos se adéquem à vontade de Deus. Aí sim teremos a sincronia cósmica entre sonho e realidade, uma autêntica sinfonia! A Deus pertence o querer e o efetuar, Ele é Todo- Poderoso, o grande El Shadai, Ele é Senhor, Ele é Deus e Deus não sonha, realiza! ..


.Além disso, analisando as experiências dos homens de Deus tanto no Antigo como no Novo Testamento, não encontramos nenhum tipo de unção de ousadia, ou de conquista ou até mesmo de multiplicação. Encontramos homens ungidos, capacitados, que operam milagres de Deus na terra; homens e mulheres com unção, mas não uma unção específica. Folheando os arquivos da história da igreja também nos deparamos com muita unção; gente que viveu as mais estranhas experiências espirituais, mas nunca uma unção específica. Eram pessoas ungidas com o Ungido. Na Bíblia não encontramos tipos específicos de unção. Encontramos ungidos com a Unção!

A unção é permanente. Essa verdade contradiz com o conceito de "nova unção". O Espírito Santo está habitando no crente e mediante isso, o filho de Deus, não necessita de uma "nova unção". Deus restaura, sim, a nossa unção recebida Dele, mas isso não significa uma "nova unção".

É necessário muito cuidado com essas expressões gospel, tais como "unção da conquista", "unção de ousadia", "unção do profeta Elias", "unção dos quatro seres" etc. Por trás dessas expressões está um falso conceito de unção, além de distorções doutrinárias.

Restitui (Ministério Apascentar de Nova Iguaçu) 


Os planos que foram embora 
O sonho que se perdeu O que era festa e agora É luto do que já morreu 
Não podes pensar que este é o teu fim 
Não é o que Deus planejou 
Levante-se do chão 
Erga um clamor 

Restitui, eu quero de volta o que é meu Sara-me e põe Teu azeite em minha dor 
Restitui e leva-me às águas tranqüilas 
Lava-me e refrigera a minh'alma 
Restitui, 

E o tempo que roubado foi 
Não poderá se comparar 
A tudo aquilo que o Senhor 
Tem preparado ao que clamar 
Creia porque o poder de um clamor pode ressuscitar 


contexto da música parece ser voltado para as pessoas que perderam alguma coisa que gostavam muito, em sua maioria bens materiais, seja prosperidade financeira, casa, carro e outras coisas a mais.  A música se aproveita da ilusao de sofrimento das pessoas e acabam fazendo com que elas passem a exigir de Deus uma restituição daquilo que foi “perdido”.

O cântico demonstra em sua maioria uma compreensão saudável do cuidado providencial de Deus, e do papel da oração - clamor - nos momentos de angústia. Contudo, a ênfase está naquilo que se perdeu, e não no Senhor. 

A preocupação em ser restituído do que perdeu, chegando ao extremo de ordenar a Deus que o restitua, pois ele quer de volta o que é dele. Tal qual um garoto mimado diante do Pai, a figura de um pobre pecador fazendo exigências diante de um Deus Todo-Santo e Justo é anti-bíblica, e ridícula nos termos do bom senso. O autor se esquece do caráter soberano de Deus, que dá e tira quando bem quer.

Podemos verificar no Livro de Jó que o diabo atingiu Jó porque era da vontade de Deus que isso ocorresse, afim de mostrar ao próprio diabo que ele não tem controle sobre nada nesse mundo que não venha ao menos da permissão do Senhor.

Alem disso, dizer que não foi o que Deus planejou é pretensioso demais. Quem pensa que é para dizer que sua situação não foi parte do plano de Deus? O engraçado é que Jó nunca reclamou de sua situação quando Deus lhe tirou tudo. Pelo contrário, ele nos da uma fantástica lição de humildade: “O Senhor deu, o Senhor tirou, LOUVADO SEJA O NOME DO SENHOR!” (Jó 1:21). Ao contrário da música, Jó nunca pediu restituição do que supostamente o diabo lhe retirou. Pelo contrário, confiou no Senhor e esperou a Sua justiça.


Conclusão:

Basta dizer que muitas dessa músicas gospel não está contido a palavra do Senhor, basta simplesmente dizer que é um evangelho sem compromisso com Deus e, conseqüentemente, com a sã doutrina.É carnal e sem cruz. É o velho gnosticismo.

Devemos analisar  o que toca e o que estamos cantando.
Vai cantar, cante a palavra! adore a Deus e fale de seus atributos o que Deus é, e o que Deus faz!

Muitos hinos que levam o título cristão não são apropriados para o adorador cantá-los nem ouvi-los. Muitos deles representam a Deus como um amante sensual ou um amiguinho. Em outras palavras, tentam arrastar a Deus de seu trono, baixando-o a nosso nível.
 Outros hinos elevam o homem. Não retratam a imagem do homem prostrado, um recipiente indigno da graça de Deus, embora seja isto o que de fato somos. Tais hinos não expressam nem inspiram adoração. 




Deixemos de ser meros cantores e adoradores do seguimento gospel e pelo poder transformador do Evangelho de Jesus, sejamos verdadeiros adoradores!