Em nossos dias há uma confusão pertinente a este respeito. Com o desenfreado crescimento de igrejas e grupos, a cada dia os rótulos denominacionais têm perdido o seu real significado.
Primeiramente, qual o tipo de “sermão” que tem sido pregado em sua igreja? Qual o objetivo do sermão? Ele tem um foco cristocêntrico?
Sua igreja está centralizada em torno de um líder carismático, o ungido de Deus que não pode ser tocado, o “apóstolo” ou o “bispo” legítimo possuidor da “visão de Deus”?
Sua igreja ou denominação faz parte de movimento Pentecostal Ou Neopentecostal?
O objetivo do artigo não é fazer defesa ou tomar partido por qualquer grupo, movimento expostos aqui, a busca pelo conhecimento ajuda o individuo a refletir, discutir, explanar questões, temas de qualquer espécie.
Acredito que todos nós somos iguais diante de Deus, à visão é de que somos “servos” de Deus ou do diabo.
Vivendo
no mundo, estamos sujeitos as organizações ou alguns destes sistemas sócias, religiosos,
grupos, movimentos ou denominacionais.
Algumas
igrejas ou grupos têm sucumbindo ao sistema desse mundo, procurando distorcer a
sã doutrina, abraçando ensinamentos contrários às Escrituras, que têm
pretendido colocar o homem no trono e retirar
o Único Rei que é Deus! Isso tem promovido um inchaço desordenando nas
congregações abrindo mão de toda a espiritualidade sadia, tratando a igreja
como um grupo de auto-ajuda e não como uma Casa de Oração.
E crescia Jesus em sabedoria, estatura e
graça, diante de Deus e dos homens.Lucas 2:52
Por isso é que ele se preparou por trinta anos
para só então iniciar seu ministério, enquanto hoje muitos logo que começam a frequentarem
uma denominação, e antes mesmo de ler sequer os evangelhos, já saem achando que
são os donos da verdade absoluta, podemos ver o apóstolo Paulo que após a sua
conversão se preparou cerca de Três anos para só então sair para o ministério,
e assim mesmo há quem diga não é preciso preparo para pregar o evangelho, Paulo
orientou seu jovem discípulo chamado Timóteo: procura apresentar- se a Deus
como um obreiro aprovado que não tem do que se envergonhar mais que maneja bem
a palavra da verdade.
Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da
verdade. 1 Timóteo 2:15.
Oséias
4:6 e 14 chamam nossa atenção para
que, a falta do conhecimento da palavra de Deus traz a queda do povo que serve
ao Senhor.
Diante
disto, não resta mais nada a dizer a não ser que todo aquele que quer ser
versado na palavra, deve estudá-la, se quer ser poderoso em dons, deve estudar
a palavra, se quer salvação, deve estudar a palavra, em resumo, tudo na vida de
um crente deve ser pautado na sua persistência em examinar a palavra de Deus,
pois isto trará sobre o mesmo uma firmeza espiritual e uma defesa da fé em
Cristo Jesus.
Vamos começar!!!
Evangélicos:
Nos
países anglo-saxões, onde a Reforma Protestante eclodiu no século XVI, o termo
"evangélico" é usado para definir quase todas as doutrinas cristãs
protestantes. Na Alemanha, berço do luteranismo, seu uso chega a ser mais
específico: é comum se referir aos membros da Igreja Luterana como evangélicos,
excluindo-se o resto dos protestantes. Já no Brasil, quando se fala de
evangélicos, trata-se de uma forma genérica de se referir às correntes
protestantes pentecostais e neopentecostais. De forma simplificada, pode-se
dizer que todo evangélico é protestante, mas nem todo protestante se considera
evangélico.
Protestantismo Histórico:
Movimento
iniciado na Europa no século XVI, cujo marco célebre são as 95 teses do teólogo
cristão Martinho Lutero criticando uma série de práticas e doutrinas da Igreja
Católica. Ao romper com o Vaticano, Lutero desencadeia a Reforma Protestante,
que culmina com a fundação de correntes cristãs dissidentes, como a própria
Igreja Luterana, a Calvinista e a Metodista. A maioria das igrejas protestantes
rejeito o culto a Maria e aos santos e o celibato clerical, além de admitir
práticas como o divórcio e os métodos anticoncepcionais.
Protestantismo Pentecostal:
Corrente
que aparece nos Estados Unidos nos primeiros anos do século XX, entre fiéis
metodistas insatisfeitos com a falta de fervor em suas igrejas. Devido aos
cultos vibrantes, marcados por expressões de êxtase e fortes emoções, não
demora a se difundir pelos EUA, e posteriormente por países mais pobres,
especialmente na América Latina. Sua linha doutrinaria é baseanda na crença na
presença do Espírito Santo na vida do crente através de sinais, denominados por
estes como dons do Espírito Santo, tais como falar em línguas, curas, milagres,
visões etc.
Protestantismo Neopentecostal:
Fenômeno
surgido a partir dos anos 1970, que se difere do pentecostalismo tradicional
especialmente por estimular o fiel a buscar a prosperidade em lugar da graça.
Seus rituais espetaculosos, que não dispensam curas milagrosas e exorcismos,
não escondem o fato de que grande parte das igrejas neopentecostais não são
muito rígidas no que diz respeito aos hábitos e costumes de seus fiéis. Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do
início do século XX (1906, na Rua Azuza), ambos nos Estados Unidos da América. Algumas
possuem aceitação de músicas de vários estilos, outras adquiriram o formato
G-12. Destacam-se nesta vertente a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja
Apostólica Renascer em Cristo, Igreja Apostólica Fonte da Vida, Igreja
Internacional da Graça de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Igreja
Evangélica Cristo Vive, Ministério Internacional da Restauração, Igreja de Nova
Vida, Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, Igreja Bola de Neve e a Igreja
Unida. É o ramo que mais cresce no Brasil e no mundo.
Como são divididas algumas
igrejas ou denominações Pentecostais, Neopentecostais no Brasil e em que se
baseia a suas doutrinas?
IGREJAS PENTECOSTAIS:
Assembleia de Deus*
Fundação: 1910
História e doutrina: A maior igreja pentecostal brasileira surgiu em Belém
(PA), sob a influência de dois missionários suecos vindos dos Estados Unidos,
onde frequentavam a Igreja Batista. Organizada nos moldes das igrejas
pentecostais que surgiam então naquele país, a Assembleia de Deus acredita no
poder supremo do Espírito Santo e prega com ênfase o Evangelho cristão. Nos
cultos, fiéis oram e cantam em voz alta dentro dos templos.
Congregação Cristã no Brasil
Fundação: 1910
História e doutrina: Fundada no Brasil por Luigi Francescon, um protestante
italiano. No início, cresceu dentro da comunidade de imigrantes italianos do
país, para, a partir da década de 1930, se expandi para o resto do Brasil. A
exemplo da Assembleia de Deus, centra suas crenças nas virtudes do Espírito
Santo, sem dar valor a outras figuras consagradas historicamente pelo
cristianismo, como Maria ou os santos. Um de seus rituais mais conhecidos é o
batismo de imersão em água corrente.
Igreja do Evangelho Quadrangular
Fundação: 1918
História e doutrina: Nascida nos Estados Unidos, demorou quase 30 anos para
chegar ao Brasil, pelas mão de dois missionários que se instalaram na cidade de
Poços de Caldas, em Minas Gerais, e depois em São João da Boa Vista, em São
Paulo. Enfatiza o dom da cura pelo Espírito Santo e a palavra de Deus contida
na Bíblia, além de acreditar no retorno iminente de Jesus Cristo. Sua linha de pensamento é: que o ser
humano pode e deve ser transformado no seu interior, e por isso não procura
impor fardos no tocante a costumes. É uma das igrejas pentecostais pioneiras do
avivamento carismático do início do século XX.
Igreja Pentecostal "O Brasil para
Cristo"
Fundação: 1955
História e doutrina: Fundada por um ex-trabalhador da construção civil, que
chegou a ser pastor da Assembléia de Deus e do Evangelho Quadrangular antes de
se autoproclamar missionário da própria igreja. Os cultos são marcados por
orações espontâneas e pelo testemunho dos fiéis, que também podem pregar.
Igreja Pentecostal Deus é Amor
Fundação: 1962
História e doutrina: Criada a partir de uma mensagem divina que seu fundador,
o missionário David Miranda, teria recebido. Assemelha-se às pentecostais
tradicionais no conservadorismo no campo dos costumes e nos rituais mais
exaltados.
IGREJAS NEOPENTECOSTAIS:
Igreja Universal do Reino de Deus
Fundação: 1977
História e doutrina: Principal igreja do fenômeno neopentecostal brasileiro,
foi fundada pelo bispo Edir Macedo, nos subúrbios do Rio de Janeiro. Segue os
preceitos gerais do cristianismo. Em seus cultos diários, estimula-se a doação
do dízimo e é comum a prática do exorcismo. Aposta na mídia eletrônica para
atrair fiéis, é dona da Rede Record de televisão, entre outras emissoras.
Igreja Internacional da Graça de Deus
Fundação: 1980
História e doutrina: Dissidência direta da Igreja Universal, foi fundada no
Rio por Romildo Ribeiro Soares, cunhado do bispo Edir Macedo. Suas pregações e
rituais, repletos de curas e exorcismos, podem ser acompanhadas em diversas
emissoras de televisão, que vendem seus horários para que a igreja arrebanhe
seus fiéis.
Igreja Apostólica Renascer em Cristo
Fundação: 1986
História e doutrina: Uma
das neopentecostais em que o incentivo à busca da prosperidade material é mais
evidente, a Renascer foi fundada em São Paulo. Tendo como público alvo a classe
média urbana, trouxe novidades para os cultos evangélicos, como o rock gospel e
as festas jovens dentro dos templos. A exemplo de suas congêneres, se mantém à
base de doações sistemáticas de seus fiéis.
Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra
Fundação: 1992
História e doutrina: Surgida em Brasília, ganhou notoriedade depois de conquistar fiéis entre
as celebridades e as classes mais abastadas do país. Apesar de seguir os
preceitos básicos do cristianismo e de promover rituais de fé exaltados, é
tolerante no que diz respeito a hábitos controversos e normas morais pouco
rígidas.
Compreende principalmente as chamadas igrejas históricas que tiveram origem no início da Reforma Protestante ou bem próximo dela. Destacam-se nesta vertente os luteranos, anglicanos, presbiterianos, metodistas, batistas e congregacionais, vejam os exemplos seguintes:
Luteranos: O luteranismo é uma denominação cristã ligada diretamente a Martinho Lutero, pioneiro da Reforma da Igreja na Alemanha, a partir de 1517. A 10 de novembro de 1483, na cidade de Eisleben, na Alemanha, nasceu Martinho Lutero, um jovem que, contrariando a vontade dos pais, decidiu tornar-se monge. No mosteiro, Lutero vivia em angústias e desespero por dúvidas que tinha sobre seus méritos espirituais. Quanto mais se penitenciava, tanto mais cresciam suas dúvidas e incertezas. Não possuía, por isso, paz de alma e via Deus como um severo juiz pronto a castigar os pecadores. Lutero tornou-se Doutor em Teologia e passou a lecionar na Universidade de Wittenberg. Sendo um dos privilegiados a ter acesso a uma Bíblia, Lutero desenvolveu nova visão teológica lendo as palavras de Romanos 1.17: "O justo viverá por fé". Segundo sua interpretação, dizia que o perdão e a vida eterna não são conquistados por nós mediante boas obras, mas nos são dados gratuitamente por meio da fé em Jesus Cristo, O Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para perdão de toda a humanidade. Em 1517, na Alemanha, o professor e monge Martinho Lutero fixou à porta da Catedral de Wittenberg 95 teses criticando a atuação do Papa e do alto clero. Elas se propagaram rapidamente, mesmo com a intervenção da Igreja. Lutero foi apoiado por parte da população e pela nobreza que, desejosa de conquistar novas terras sob domínio de Roma (na região da atual Alemanha), o protegeram da perseguição do papa, poupando-o da fogueira, mas não da excomunhão. Lutero, então, passou a participar de vários debates teológicos com autoridades civis e eclesiásticas que tentavam fazê-lo abrir mão de suas idéias e retratar-se de críticas à Igreja e ao Papa. Em 1520, Lutero foi excomungado pelo Papa e, no mesmo ano, queimou a Bula de Excomunhão em praça pública, rompendo assim com a Igreja Católica da época. Em 1530, surgiu a Confissão de Augsburgo que foi escrita por Lutero e Melanchthon, um fiel companheiro seu. Este documento trazia um resumo dos ensinos luteranos. Uma das principais preocupações de Martinho Lutero era que todas as pessoas pudessem ler o livro no qual os ensinamentos católicos estariam escritos e assim poderem tirar suas próprias conclusões. Por isto Martinho Lutero traduziu a Bíblia para o Alemão para que todos pudessem lê-la em sua própria língua. Alguns anos mais tarde, a bíblia foi traduzida para o Inglês, Francês e Espanhol as pessoas passaram a ler a Bíblia e terem suas próprias conclusões. Aos poucos a Igreja Católica foi perdendo poder e influência. Depois de Lutero a Igreja Católica nunca mais conseguiu exercer o forte domínio sobre a Europa como tinha antes da Reforma Protestante. Pouco a pouco, o ideal de reforma da Igreja Católica que Lutero possuía foi sendo sufocado e o Reformador viu-se obrigado, juntamente com seus seguidores, a formar um grupo separado de cristãos que queriam permanecer fiéis às suas idéias. Surgia assim a Igreja Luterana.
Presbiterianos: O nome destas denominações deriva da palavra grega presbyteros, que significa literalmente "ancião". O governo presbiteriano é comum nas igrejas protestantes que foram modeladas segundo a Reforma Protestante na Suíça. Na Inglaterra, Escócia e Irlanda, as igrejas reformadas que adotaram uma forma de governo presbiteriano em vez de episcopal ficaram conhecidas como a Igreja Presbiteriana. Na Escócia, John Knox (1505-1572), que tinha estudado com João Calvino em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma Protestante em 1560. A primeira Igreja Presbiteriana, a Church of Scotland(ou Kirk), foi fundada como resultado disso. Na Inglaterra, o presbiterianismo foi estabelecido secretamente em 1572, nos finais do reinado da rainha Elizabeth I de Inglaterra. Em 1647, por efeito de uma lei do Longo Parlamento sob o controle dos puritanos, o presbiterianismo foi estabelecido para a Igreja Anglicana (Church of England). O restabelecimento da monarquia em 1660 trouxe também o restabelecimento da forma de governo episcopal na Inglaterra (e, por um período curto, na Escócia); mas a Igreja Presbiteriana continuou a ser considerada não-conforme, fora da igreja estabelecida. Na Irlanda, o presbiterianismo foi estabelecido por imigrantes escoceses e missionários ao Ulster. O presbítero de Ulster foi formado separadamente da igreja estabelecida, em 1642. Todos os três, ramos muito diversos do presbiterianismo, bem como igrejas independentes e algumas denominações Holandesas, Alemãs e Francesas, foram combinadas nos EUA para formar aquilo que se tornou conhecido como aPresbyterian Church USA (1705). A igreja presbiteriana na Inglaterra e País de Gales é a United Reformed Church, enquanto que esta tradição também influenciou a Igreja Metodista, fundada em 1736. O presbiterianismo faz parte da família das igrejas reformadas dentro das denominações do Protestantismo Cristão e é baseado nos ensinamentos de João Calvino, tais como eles foram institucionalizados na Escócia por John Knox. Há muitas entidades autônomas em países por todo o mundo que subscrevem igualmente o presbiterianismo. Para além de distinções traçadas entre fronteiras nacionais, os presbiterianos também se dividiram por razões doutrinais, em especial no seguimento do Iluminismo. Apesar de a Igreja Presbiteriana ser oriunda da Reforma Protestante do século XVI, ela mantém o caráter católico da Igreja (traduzida literalmente e especificamente só como "Igreja Universal"), como declarado no Credo Niceno-Constantinopolitano, ainda que não submissa à autoridade do Bispo de Roma. É uma denominação cristã comprometida com valores éticos e morais. Os presbiterianos destacam-se pelo incentivo à educação, entre as inúmeras instituições presbiterianas espalhadas pelo mundo destacam-se a Yale University e o Instituto Mackenzie. Sua atuação no contexto social brasileiro, por exemplo, é marcante, através de instituições de ensino desde o infantil até o superior, que têm alcançado excelência e reconhecimento internacional, como por exemplo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Instituto Presbiteriano Gammon, entre outras.
Batistas e congregacionistas: Também tiveram origem nos reformadores mais radicais, na Inglaterra, que rejeitaram o protestantismo oficial da Igreja Anglicana. Advogam a separação da Igreja e do Estado. Rejeita o episcopalismo, adotando o governo da congregação (membros), tanto os batistas fundamentalistas, como os congregacionais ou congregacionalistas. Os congregacionais são mais numerosos também na Inglaterra e Estados Unidos, sendo bem menos numerosos no Brasil, com a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, tradicional, a mais importante.
O regime de governo eclesiástico conhecido como Congregacional é um sistema onde cada congregação local é autônoma e independente. A igreja local possui autonomia para sua própria reflexão teológica, expansão missionária, relação com outras congregações e seleção de seu ministério. O Congregacionalismo está baseado nos seguintes princípios:
* Cada congregação de fiéis, unida pela adoração, observação dos sacramentos e disciplina cristã, é uma Igreja completa, não subordinada em sua administração a qualquer outra autoridade eclesiástica senão a de sua própria assembléia, que é a autoridade decisória final do governo de cada igreja local.
* Não existe nenhuma outra organização ou entidade maior ou mais extensa do que uma Igreja local a quem pode ser dada prerrogativas eclesiásticas ou ser chamada de Igreja.
* As igrejas locais estão em comunhão umas com as outras, são interdependentes e estão intercomprometidas no cumprimento de todos os deveres resultantes dessa comunhão. Por isso, se organizam em Concílios, Sínodos ou Associações. Entretanto, essas organizações não são Igrejas, mas são formadas por elas e estão a serviço delas.
O Congregacionalismo é o regime de governo mais comum em denominações como Anabatistas, Igreja Batista, Discípulos de Cristo, Igreja de Cristo no Brasil e obviamente a própria denominação que deu nome ao termo: a Igreja Congregacional.
Anglicanos: A Igreja Anglicana (também denominada Igreja da Inglaterra, em inglês Church of England) é a Igreja cristã estabelecida oficialmente na Inglaterra e é o tronco principal da Comunhão Anglicana Mundial, bem como um membro fundador da Comunhão de Porvo. Fora da Inglaterra, a Igreja Anglicana é denominada Igreja Episcopal, principalmente nos Estados Unidos e na Austrália. Em 1534, a Igreja da Inglaterra (Anglicana) se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, valendo-se da questão com o Papa Clemente VII, relacionada com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. Esta separação, não obstante tenha acontecido por interesses pessoais e políticos, era um velho sonho da Igreja da Inglaterra, que nunca tinha aceitado plenamente a dominação Romana. Não se pode, portanto, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana. Este processo de separação, em meio à Reforma Protestante, não marcava o surgimento de uma nova Igreja, mas sim a alforria definitiva de uma Igreja Cristã que se desenvolvia desde o século III de nossa era.
Anabatistas: ("re-batizadores", do grego "ana" e "baptizo"; em alemão: Wiedertäufer) são cristãos da chamada “ala radical” da Reforma Protestante. São assim chamados porque os convertidos eram batizados em idade adulta, desconsiderando o até então batismo obrigatório da igreja romana. Assim, re-batizavam todos os que já tivessem sido batizados em criança, crendo que o verdadeiro batismo só tem valor quando as pessoas se convertem conscientemente a Cristo. Os primeiros anabatistas que surgiram na Historia do Cristianismo foram assim denominados pelo Papa Estêvão I que descobriu que cerca de 80 bispos haviam realizado o 2º Concílio de Cártago, em 225 depois de Cristo, para legalizarem o re-batismo dos fiéis vindos de outras Igrejas que adotavam o "batismo regenerador". Esses bispos discordavam que as "águas batismais" eram as águas mencionadas no Evangelho de João Capítulo 3 e que a graça de Deus independia do Batismo. Nos sínodos da Frígia, em 225 depois de Cristo, esses bispos excomungaram a Igreja Romana. O Papa Estevão I tomou conhecimento e invalidou esses sínodos e excomungou todos os bispos no 2º Concílio de Roma que participaram, declarando que o re-batismo (anabatismo em grego) era uma heresia. Em primeira instância, os grupos que realizavam o re-batismo eram os adeptos do Montanismo e Novacianismo até o século IV, os seguidores do Donatismo até o século X na África, os paulícianos condenados pelo código justiniano pelo anabatismo em 525 depois de Cristo, expandindo a prática até meados da reforma, os Bogomilos nos Bálcãs e Bulgária do século IX até meados da reforma. A Reforma Protestante do século XVI reacendeu os princípios bíblicos da justificação pela fé e do sacerdócio universal foram novamente colocados em foco. Contudo, enquanto Lutero, Calvino e Zuínglio mantiveram o batismo infantil e a vinculação da igreja ao Estado, os anabatistas liderados por Georg Blaurock, Conrad Grebel e Félix Manz ansiavam por uma reforma mais profunda. Os anabatistas fundaram então sua primeira igreja no dia 21 de janeiro de 1525, próxima a Zurique, na Suíça, de acordo com a doutrina e conduta cristãs pregadas no Novo Testamento e testemunharam alegremente de sua nova vida em Cristo. É difícil sistematizar as crenças anabatistas daquela época, porque qualquer grupo que não era católico ou protestante e que batizava adultos, como os unitários socinianos ou semignósticos como Thomas Muentzer eram rotulados como anabatistas. Esses grupos, junto com os anabatistas constituem a Reforma Radical. Em "In nomine Dei", José Saramago retrata um conhecido episódio na história do movimento anabatista que teve lugar na cidade de Münster (no norte da Alemanha), onde entre 1532 e 1535 foi estabelecida uma teocracia nas linhas das orientações desta denominação. Depois de serem massacrados na Guerra dos Camponeses, os anabatistas sobreviveram na sua forma pacifista, como a Igreja Mennonita. Originalmente concentrados no vale do rio Reno, desde a Suíça até a Holanda, os anabatistas conquistaram adeptos de cultura germânica. Perseguidos pelo Estado e guerras, tiveram imigração em massa para a Rússia e América do Norte. No final do século XIX e começo do XX surgiram colônias na América do Sul (Paraguai, Argentina, Brasil, Bolívia), onde mantém suas culturas e fé. Muitos anabatistas conservadores vivem em comunidades rurais isoladas e desconfiam do uso de tecnologia. As principais denominações hoje anabatistas são: os mennonitas; Amish, famosos pelo estilo de vida conservador; hutteritas, que defendem um comunualismo, rejeitando propriedade individual. Os anabatistas influenciaram ainda outras denominações religiosas, como os quakers; batistas;dunkers e outras denominações protestantes que afirmam a necessidade de uma adesão voluntária à Igreja. (Ainda não se sabe se é uma seita).
Batistas: A igreja batista é uma denominação cristã caracterizada pela rejeição ao batismo infantil, optando em seu lugar pelo batismo de fé, geralmente através da imersão. O nome é derivado de uma comissão para que os seguidores de Jesus Cristo fossem batizados, os batistas interpretam o batismo - imergir em água - como uma exposição pública de sua fé. Enquanto o termo "batista" tem suas origens com os anabatistas, e às vezes foi visto como pejorativo, a denominação historicamente é ligada aos dissidentes ingleses, ou movimentos de anticonformismo do século XVI. O movimento batista surgiu na Inglaterra, num tempo de reforma religiosa intensa. Os batistas tipicamente são considerados protestantes. Alguns batistas rejeitam essa associação. A maioria das igrejas batistas escolhem associar-se com grupos que fornecem apoio sem controle. A maior associação batista é a Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, mas, há muitas outras associações de batistas no mundo. No Brasil, as maiores são a Convenção Batista Brasileira e a Convenção Batista Nacional. As Igrejas Batistas formam uma família denominacional protestante de origem inglesa. Estão presentes em quase todos os países do globo. No ano de 2007 existiam 37 milhões de membros e 170 mil igrejas espalhados pelo mundo, sendo que 21 milhões apenas nos Estados Unidos e Canadá, e cerca de 2 milhões no Brasil. A história academicamente aceita sobre a origem das Igrejas Batistas é a sua incepção como um grupo de dissidentes ingleses no século XVII. A primeira igreja batista nasceu quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas. John Smyth discordava da política e de alguns pontos da doutrina da Igreja Anglicana da qual ele era pastor após uma aproximação com os menonitas e, examinando a Bíblia, creu na necessidade de batizar-se com consciência e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja batista organizada. Até então, o batismo não era por imersão, só os batistas particulares por volta de 1642 adotaram oficialmente essa prática tornando-se comum depois a todos os batistas. A primeira confissão dos particulares, a Confissão de Londres de 1644, também foi a primeira a defender o imersionismo no batismo. Depois da morte de John Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte dos seus membros uniram-se aos menonitas. Thomas Helwys organizou a Igreja Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. A perseguição aos batistas e a outros dissidentes ingleses, fez com que muitos emigrassem. O mais famoso foi John Bunyan, que escreveu sua obra-primaO Peregrino enquanto estava preso. Nos Estados Unidos, a primeira igreja batista nasceu através de Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também em Rhode Island em 1648. Em terras americanas os batistas cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal denominação, a Convenção Batista do Sul, conta com quase 15 milhões de membros, sendo a maior igreja evangélica dos Estados Unidos. Existem ainda outras teorias sobre a origem dos batistas, mas que são rejeitadas pela historiografia oficial. São elas a teoria de Sucessão Apostólica, ou JJJ (João - Jordão - Jerusalém) e a teoria anabatista. Ambas são rejeitadas pelos historiadores batistas Henry C. Vedder e Robert G. Torbet. A teoria de sucessão apostólica postula que os batistas atuais descendem de João Batista e que a igreja continuou através de uma sucessão de igrejas (ou grupos) que batizavam apenas adultos, como os montanistas, novacianos, donatistas, paulícianos, bogomilos, albigenses e cátaros, valdenses e anabatistas. Os batistas landmarkistas utilizam este ponto de vista para se autoproclamar única igreja verdadeira. Essa teoria apresenta alguns problemas, como o fato que grupos como bogomilos e cátaros seguiam doutrinas gnósticas e o gnosticismo é contrário às doutrinas batistas de hoje. Também, alguns desses grupos que sobrevivem até o presente, igrejas como a dos valdenses (que desde a Reforma é uma denominação Calvinista) ou dos paulicianos, não se identificam com os batistas. A teoria anabatista é aquela que afirma que os batistas descendem dos anabatistas, que pregaram sua mensagem no período da Reforma Protestante. O evento mais citado para apoiar essa teoria foi o contato que John Smyth e Thomas Helwys com os menonitas na Holanda. Todavia, além de em 1624 as cinco igrejas batistas existentes em Londres terem publicado um anátema contra as doutrinas anabatistas, também os anabatistas modernos rejeitam ser denominados batistas e há pouca relação entre os dois grupos.
Ambos os grupos possuem algumas similaridades:
* Crença no Batismo adulto e voluntário;
* Visão do Batismo e da Santa Ceia como ordenanças;
* Separação da Igreja e Estado.
Existem algumas diferenças entre os batistas e os anabatistas modernos (por exemplo, os menonitas):
1) Os anabatistas normalmente praticam o Batismo adulto por aspersão e não por imersão como os batistas;
2) Os anabatistas são pacifistas extremos e recusam a jurar;
3) Os anabatistas creem em uma doutrina seminestoriana sobre a Natureza de Cristo, que não recebeu nenhuma parte humana de Maria;
4) Os anabatistas enfatizam a vida comunal enquanto os batistas a liberdade individual;
5) Os anabatistas recusam a participar do Estado, enquanto os batistas podem ser funcionários públicos, prestar serviço militar, possuir cargos políticos;
6) Os anabatistas creem em um estado de sono da alma entre a morte e a ressurreição.
Calvinistas: O calvinismo é tanto um movimento religioso protestante
quanto uma ideologia sócio-cultural com raízes na Reforma iniciada por João
Calvino em Genebra no século XVI. João Calvino exerceu uma influência
internacional no desenvolvimento da doutrina da Reforma Protestante, à qual se
dedicou com a idade de 30 anos, quando começou a escrever os "Institutos
da religião Cristã" em 1534 (publicado em 1536). Esta obra, que foi
revista várias vezes ao longo da sua vida, em conjunto com a sua obra pastoral
e uma coleção massiva de comentários sobre a Bíblia, são a fonte da influência
permanente da vida de João Calvino no protestantismo. Calvino apoiou-se a frase
de Paulo: "pela fé sereis salvos", esta frase de epístola de Paulo
aos Romanos foi interpretada por Martinho Lutero ou simplesmente Lutero como
pela fé sereis salvos. As duas frases, possuem a mesma coisa, ou seja, não muda
o sentido. Para Bernardye Cotitretw, biógrafo de Calvino, "o calvinismo é
o legado de Calvino e torna-se uma forma de disciplina, de ascese, que não
raramente é levada ao extremo da teimosia". O calvinista é pois no extremo
um profundo conhecedor da Bíblia, que pondera todas as suas ações pela sua
relação individual com a moral cristã. O calvinismo é também o resultado de uma
evolução independente das idéias protestantes no espaço europeu de língua
francesa, surgindo sob a influência do exemplo que na Alemanha a figura de
Martinho Lutero tinha exercido. A expressão "calvinismo" foi
aparentemente usada pela primeira vez em 1552, numa carta do pastor luterano
Joachim Westphal, de Hamburgo. O calvinismo marca a segunda fase da Reforma
Protestante, quando as igrejas protestantes começaram a se formar, na seqüência
da excomunhão de Martinho Lutero da Igreja Católica romana. Neste sentido, o
calvinismo foi originalmente um movimento luterano. O próprio Calvino assinou a
confissão luterana de Augsburg de 1540. Por outro lado, a influência de Calvino
começou a fazer sentir-se na reforma Suíça, que não foi Luterana, tendo seguido
a orientação conferida por Ulrico Zuínglio. Tornou-se evidente que a doutrina
das igrejas reformadas tomava uma direcção independente da de Lutero, graças à
influência de numerosos escritores e reformadores, entre os quais João Calvino
era o mais eminente, tendo por isso esta doutrina tomado o nome de calvinismo.
Uma vez que tem múltiplos fundadores, o nome "calvinismo" induz
ligeiramente ao equívoco, ao pressupor que todas as doutrinas das igrejas
calvinistas se revejam nos escritos de João Calvino. O nome aplica-se
geralmente às doutrinas protestantes, que não são luteranas, e que têm uma base
comum nos conceitos calvinistas, sendo normalmente ligadas a igrejas nacionais
de países protestantes, conhecidas como igrejas reformadas, ou a movimentos
minoritários de reforma protestante. Nos Países Baixos, os calvinistas
estabeleceram a Igreja Reformada Neerlandesa. Na Escócia, através da zelosa
liderança do ex-sacerdote católico John Knox, a Igreja Presbiteriana da Escócia
foi estabelecida segundo os princípios calvinistas. Na Inglaterra, o calvinismo
também desempenhou um papel na Reforma, e, de lá, seguiu com os puritanos para
a América do Norte. Na França, os calvinistas, chamados de Huguenotes, foram
perseguidos, combatidos e muitas vezes obrigados ao exílio. Em Portugal, na
Espanha ou na Itália, estas doutrinas tiveram pouca divulgação e foram
ativamente combatidas pelas forças da Contrarreforma, com a ação dos jesuítas e
da Inquisição. O sistema teológico e as práticas da igreja, da família ou na
vida política, todas elas algo ambiguamente chamadas de "calvinismo",
são o resultado de uma consciência religiosa fundamental centrada na
"soberania de Deus". O calvinismo pressupõe que o poder de Deus tem
um alcance total de atividade e resulta da convicção de que Deus trabalha em
todos os domínios da existência, incluindo o espiritual, físico, intelectual,
quer seja secular ou sagrado, público ou privado, no céu ou na terra. De acordo
com este ponto de vista, qualquer ocorrência é o resultado do plano de Deus,
que é o criador, preservador, e governador de todas as coisas, sem exceção, e
que é a causa última de tudo. As atividades seculares não são colocadas abaixo
da prática religiosa. Pelo contrário, Deus está tão presente no trabalho de
cavar a terra como na prática de ir ao culto. Para o cristão calvinista, toda a
sua vida é um culto a Deus. (...) O calvinismo também defende uma Teologia
Aliancista e os Sacramentos como meio de graça, Santa Ceia e Batismo, incluindo
o Batismo infantil. Calvino na sua principal obra, as Institutas diz: "Eis
aqui por que Satanás se esforça tanto em privar nossas criaturas dos benefícios
do batismo; Sua finalidade é que se esquecermos de testificar que o Senhor tem
ordenado para confirmar as graças que ele quer nos conceder pouco a pouco vamos
nos esquecendo das promessas que nos fez a respeito disto. De onde não só
nasceria uma ímpia ingratidão para com a misericórdia de Deus, mas também a
negligência de ensinarmos nossos filhos no temor do Senhor, e na disciplina da
Lei e no conhecimento do Evangelho. Porque não é pequeno estimulo sabermos que
educá-los na verdadeira piedade e obediência a Deus. E saber que desde seu
nascimento foram recebidos no Senhor e em seu povo, fazendo-os membros de sua
igreja." (CALVINO, 1999, p. 1069.) O calvinismo deveria ser austero e
disciplinado, ou seja: As pessoas não tinham direito a excessos de luxo, e
conforto, sem esbanjamento matriana.
Metodistas: O metodismo foi um movimento de avivamento espiritual
cristão ocorrido na Inglaterra do século XVIII que enfatizou a relação íntima
do indivíduo com Deus, iniciando-se com uma conversão pessoal e seguindo uma
vida de ética e moral cristã. O metodismo foi liderado por John Wesley,
eclesiástico da Igreja Anglicana, e seu irmão Carlos Wesley, considerado um dos
maiores expoentes da música sacra protestante. O metodismo teve seu início nos
meados do século XVIII na Inglaterra. Era uma época em que a sociedade inglesa
passava por rápidas transformações. Milhares de pessoas saíam da zona rural,
que era controlada por grandes proprietários, para procurar trabalho nas novas
indústrias das cidades. Nesse tempo o povo vivia na miséria trabalhando longas
horas e só ganhando o mínimo necessário para sua sobrevivência. As pessoas
moravam em cortiços, sem as mínimas condições e não tinham acesso a médicos
quando ficavam doentes. As crianças não iam à escola porque em geral
trabalhavam para ajudar seus pais. Havia grande número de alcoólatras. O povo
estava frustrado e desiludido. Em 1730 João e Carlos Wesley, William Morgan e
Bob Kirkham começaram a reunir-se em Oxford para estudar juntos, organizando
uma pequena sociedade, o chamado Clube Santo. Esforçavam-se por levar uma vida
devocional disciplinada e regularmente se dedicavam a ensinar os órfãos,
visitar os presos, cuidar dos pobres e idosos. Ali, foram eles, pela primeira
vez, chamados "metodistas". Esse nome foi decorrente do rigor com que
desenvolviam suas práticas de vida e de cristianismo, com muita disciplina e
método. Na realidade, João Wesley não se propôs a fundar uma nova Igreja ou
denominação, mas grupos de renovação na Igreja da Inglaterra. As circunstâncias
históricas, como a independência dos Estados Unidos, obrigou o Metodismo a
constituir-se finalmente em uma denominação ou Igreja, tal fato sucedendo
contra os desejos e propósitos originais do reavivalista. Wesley sempre
considerou a si mesmo como um ministro da Igreja da Inglaterra (Igreja
Anglicana). Não queria separar-se dela; queria, sim, reformá-la por dentro. Por
isso o nome que deu aos primeiros grupos metodistas foi o de sociedades. Não de
Igrejas ou igrejas. Era a idéia de classes ou bands (guarda similaridade com as
células) que, por seu intenso fervor e sua atividade renovadora, fossem dentro
do corpo da Igreja um novo e poderoso elemento de vida. O avivamento espiritual
promovido por João Wesley e seus cooperadores visava a santidade de vida, a
harmonização da vontade do homem com a vontade de Deus.
DIVERGÊNCIA ENTRE OS GRUPOS:
TRADICIONAIS X PENTECOSTAIS:
Os evangélicos tradicionais diferem dos pentecostais em relação a experiência do chamado "Batismo no Espírito Santo". Não aceitam o "Falar em outras línguas" e dão forte ênfase no ensino teológico e no trabalho social, não se preocupam com usos e costumes como vestimentas e adornos.
PENTECOSTAIS X NEOPENTECOSTAIS:
Os carismáticos formaram uma outra igreja, juntamente com os pentecostais mas sem se identificar com elas. Dão bastante ênfase ao louvor e são mais flexíveis teologicamente não permanecendo estáticos na doutrina como são os pentecostais. Distingue-se também quanto aos usos e costumes. É o grupo que mais cresce atualmente no Brasil devido a um maciço investimento na mídia, como é o caso das igrejas Universal e da Graça.
Tradicionais (ou não renovados): são grupo de
crentes que surgiram desde o advento da reforma protestante com Lutero,
criando-se então denominações como igreja Luterana, Presbiteriana (sem ser a
renovada), Metodista, Calvinista, Anglicana (esta com ressalvas, pois muito se
aproxima da igreja católica), Batistas (não renovados).
Zelam
pela palavra em seus cultos, são muito organizados, respeitam muito a doutrina
da denominação e suas lideranças, são criteriosos, procuram estudar muito a
Bíblia, tanto é que a maioria das faculdades de teologia são deles, possuem uma
forte tendência às obras missionárias.
Para alguns são considerados:
Frios,
perderam o primeiro amor, estudam a palavra, porém lhes faltam revelação no
tocante aos dons do Espírito Santo, não buscam verdadeiramente um avivamento,
não ganham muitas vidas, não fazem libertação (expulsam demônios), são céticos
(nada de um louvor com rock, samba, rap, bateria, proíbem coreografias e danças
em seus cultos, até mesmo palmas ou gritos de glorificação à Deus), deixam o
mundo entrar neles (não gostam de louvores Pentecostais (renovados), porém
gostam de músicas do mundo), são participantes do movimento ecumênico.
Pentecostais (ou renovados):
São
grupos que surgiram de dentro destas igrejas tradicionais que experimentaram
uma renovação com os dons do Espírito, surgindo as grandes conferências,
avivalistas.
Buscam
o mover de Deus, acreditam na plenitude dos dons, ganham muitas vidas, tem um
cunho evangelístico muito forte, tem um louvor mais focado na alegria e numa
adoração de quebrantamento, aceitam as danças e coreografias, são mais
receptivos, atingem todas as classes, fazem libertação e cura, campanhas.
Para
alguns são considerados:
Facilmente
são enganados, pois o conhecimento bíblico é fraco, são alvos de muitas
divisões, tem muito misticismo, abusos, em alguns casos pregam mais sobre
prosperidade do que mudança de vida, pessoas se desviam em grande quantidade.
Quais são os principais sistemas
de governo eclesiásticos e quais são as suas características?
As
igrejas protestantes organizam-se de acordo com 3 formas básicas de governo:
1º)
O governo congregacional, que pressupõe direitos e deveres iguais para todos os
membros e autonomia para a igreja local. A assembleia da igreja é o poder
máximo e não se sujeita a nenhuma outra instância;
2º)
O governo presbiteriano, no qual um grupo de presbíteros eleitos forma um
conselho que governa a igreja local por tempo determinado. As igrejas presbiterianas
agrupam-se em presbitérios, sínodos e supremo concílio, numa estrutura
hierarquizada onde cada instância (ou concílio) tem poderes sobre a inferior;
3º)
O governo episcopal, onde os bispos têm autoridade sobre uma determinada
região. Há vários tipos de governo episcopal: o bispo pode ser eleito por tempo
indeterminado ou determinado; pode ter mais ou menos poderes (como por exemplo,
transferir os pastores das igrejas da sua região com ou sem o aval das igrejas
locais). Às vezes pode governar sozinho, outras, auxiliado por um grupo.
(Exemplo igreja pentecostais).
Pode-se
acrescentar a estes o “governo monárquico”, onde um líder carismático se proclama
como “o ungido de Deus”, muitas vezes alegando que recebeu uma “revelação” divina
e detém o poder normalmente de forma incontestável e vitalícia.
CONCLUSÃO:
No
lado Neopentecostal, os cultos são cheios de campanhas de cura, prosperidade
material, saúde e revelação têm proeminência.
A ênfase
as necessidades humanas nessas igrejas ficam no centro, mudando o real sentido
da adoração a Deus, o homem é o centro do culto e Deus torna-se servo.
Um slogan bastante usado pelos líderes
neopentecostais é: (“Aqui o milagre é coisa natural”, “A mão de Deus está
Aqui!”, “Pare de Sofre!”).
No
lado Pentecostal, O culto na sua maioria é pobre de Bíblia. A Bíblia não é
central é periférica. As pregações são cheias de chavões positivos do tipo: (“Deus
tem uma vitória para você nesta noite”, “O gigante será derrotado nesse culto”,
“Use a fé e prospere”, “Você nasceu para vencer”!).
Atentam
contra a soberania de Deus, seus adeptos são instruídos a estabelecer relações
com o Todo-Poderoso em que os "verbos como exigir, decretar, determinar,
reivindicar frequentemente substituem os verbos pedir, rogar, suplicar". O
nome de Jesus é mostrado como se fosse uma senha para acessar o site das
maravilhas e fazer o download do milagre de que se necessita.
A ênfase teológica do pentecostalismo não é
cristológica, mas pneumatológica, ou seja, a pessoa de Jesus é apagada e a
ênfase é dada ao Espírito Santo. Para os pastores pentecostais, Cristo é o
canal para nos trazer o Espírito Santo, quando na verdade é o Espírito Santo
quem nos conduz a Cristo.
O
clima de um culto pentecostal é muitas vezes de lavagem cerebral pela técnica
de repetição de frases curtas: “Olhe para seu irmão e diga...” Não é um clima
de ensino e doutrina. A técnica é de manipulação e de despersonalização.
Seja
qual for o movimento, seja Pentecostal, Neopentecostal ou Tradicional, as
denominações ou grupos devem ajudar a igreja que somos nós, a chegarem à
estatura de varão perfeito, de buscar o Salvador! Ser, uma igreja com o formato
de cristo.
Caso
isso não aconteça, devemos rever conceitos com base nas escrituras, afim de não
escolhermos o que nos convém, mas o que é necessário para nossa vida Cristã, seguindo
o caminho da cruz, construindo uma Teologia relevante para que comunidades
sejam atingidas pela Palavra viva e pela verdade libertadora do evangelho de Cristo.
Fontes de pesquisa:
OS NEOPENTECOSTAIS E A
TEOLOGIA DA PROSPERIDADE Ricardo Mariano
A
CARÊNCIA E A FALÊNCIA DOS PÚLPITOS NO MOVIMENTO EVANGÉLICO BRASILEIRO: Uma Visão Panorâmica
(ADILMAR LUIZ MARTINS PADILHA)
OLIVEIRA,
ESTEVAM FERNANDES. CONVERSÃO OU ADESÃO: Uma reflexão sobre o neopentecostalismo
no Brasil. Petrópolis: Proclama, 2004.
MACARTHUR
JÚNIOR, JOHN F. COM VERGONHA DO EVANGELHO: Quando a Igreja se
torna como o Mundo. 2.ed. São José dos Campos: Fiel, 2004.
UM
SISTEMA DE GOVERNO PRESBITERIANO: Túlio Cesar Costa Leite1
PENTECOSTALISMO E
PÓS-PENTECOSTALISMO1
PENTECOST AND POST-PENTECOST Francisco Jean Carlos da Silva2
MARIANO,
Ricardo.
Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no
Brasil. São Paulo: Edições Loyola,
1999.
ALVES,
PATRÍCIA FORMIGA MACIEL. DA CRUZ AO
TRONO: Neopentecostalismo
e Pós-Modernidade no Brasil. (Tese de doutorado em Ciências Sociais)
Universidade Federal da Paraíba: João Pessoa, 2005.
A
ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DOCAPITALISMO: O DISCURSO DAS
IGREJASNEOPENTECOSTAIS ASSIMILANDO OS VALORES DE
MERCADO Roney Roberto da Costa 2008
WEBER,
MAX. A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO. São Paulo:
Martin Claret, 2005.
SOUZA,
BEATRIZ MUNIZ DE A. EXPERIÊNCIA DA SALVAÇÃO PENTECOSTAL EM São Paulo. São Paulo:
Livraria Duas Cidades, 1996.