segunda-feira, 17 de junho de 2013

LEI DO DÍZIMO EM PLENA GRAÇA !!!!


 Dízimo: A décima parte.
            Dízima: Contribuição ou imposto equivalente a décima parte dos rendimentos.

Nos dias atuais a cobrança dos dízimos pelas igrejas evangélicas é quase unânime. O cristão que não os entrega é acusado de roubo,  não prosperará (o famoso “devorador”), e prestará contas diante de Deus, ou seja, o membro é indiretamente obrigado a deixar 10% do seu dinheiro (não estão incluídas as ofertas) no templo.

O objetivo deste estudo não é o de se contrapor ao dízimo, mas de esclarecer a verdade da forma certa de como contribuir pela graça, não por coação psicológica e doutrinária, utilizada por muitos líderes de igrejas, através de versículos da lei judaica, mas sim contribuir sem constrangimento, vejamos o que diz em II Coríntios 9:7. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.

Veremos à luz da bíblia, sem olhar para a igreja que frequentamos  se os dízimos devem ou podem ser cobrados atualmente.  Não  devo nada a denominação alguma e muito menos aos  líderes religiosos. O meu compromisso é defender a Palavra de Deus, que está acima dos interesses das denominações.

Que o Espirito Santo e a luz da Bíblia seja responsável pela abertura dos olhos espirituais.

Não existe polêmica no tema, existe o ensino errado por lideres religiosos ou por grupos que usam o falso ensino para beneficio próprio.

O cristão não é obrigado a dar o dízimo, nem por medo do “devorador” (citado em Malaquias 3:11) ou de ser amaldiçoado, porque o dízimo é um mandamento da lei judaica, além disso, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo e Ele já nos abençoou com todas as bênçãos nas regiões celestiais (Romanos 8:1 e Efésios 1:3). 
Porque então os pregadores pedem dízimo? A confusão começa por aí, porque na lei de Moisés, a qual foi por Cristo abolida (Hebreus 7.12,18,19), o dízimo nunca foi dinheiro para o cofre da igreja, os dízimos aos levitas eram dez por cento das colheitas dos grãos, dos frutos das árvores e da procriação de animais que nasciam no campo em um determinado período. Resumindo: O dízimo era alimento destinado a suprir as necessidades dos levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida. Vejamos:

Deuteronômio 14.24 a 27: E quando o lugar que escolher o Senhor teu Deus para fazer habitar o seu nome, for tão longe que não os possa levar, vende-os e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus e compre tudo o que a tua alma desejar, e come ali perante o Senhor teu Deus, e alegre tu e tua casa. Porem, não desamparará ao levita que está dentro das tuas portas e não tem parte e nem herança contigo.

Considere a profundidade do texto bíblico onde o Senhor evidencia que, se o lugar que escolheu o Senhor teu Deus, para levar o seu dízimo, for tão longe que não os possa levar, Ele instrui, que o seu dízimo deveria ser vendido, e o dinheiro atado na tua mão, (não é na mão de nenhuma outra pessoa), ir ao lugar que escolheu o Senhor, e comprar o que a tua alma desejar, para ali fazer habitar o nome do Senhor Deus.

Portando amados, se o dízimo fosse dinheiro, o Senhor não iria mandar vender o que já era espécie.

 O dízimo na lei de Moisés nunca foi oferecido da forma como está sendo feito, porque o dízimo foi destina para suprir as necessidades dos levitas, mas hoje não há mais entre nós a personagem representativa do levita.

 Então alguém irá apontar para Malaquias 3.10 para justificar que fora ordenado ao dízimo ser levado para casa do tesouro. Isso não muda nada, a finalidade do dízimo continua sendo a mesma, ou seja, prover o sustento aos levitas e amparar o órfão e a viúva.
   
 Se meditarmos nos livros de II Crônicas 31.5 a 12 e Neemias 12.44 a 47 vamos entender melhor o porquê Malaquias mandou levar o dízimo a casa do tesouro. A palavra diz: Para que haja mantimento na minha casa. E o que é mantimento?
  Mantimento: Aquilo que mantém, provisão, sustento, comida, dispêndio, gênero alimentício, etc.           

 Ainda em II Crônicas 31.13 a 19, a lei menciona que o quinhão dos dízimos era partilhado às comunidades dos levitas que trabalhavam nas tendas das congregações, segundo o ministério que cada um recebera do Senhor.  Hoje o dízimo está sendo direcionado para o líder da igreja ou à cúpula de uma organização religiosa, onde ninguém mais sabe a que fim se destina esse montante.   Enfim, o dízimo não foi criado para assalariar o dirigente da igreja ou para prover as despesas pessoais desses, nem tão pouco destinado a realizar obras missionárias ou mesmo construir templos.

No Antigo Testamento, o rigor da ordenança do dízimo era a garantia do mantimento em abundância. Pagava-se o dízimo para ser recompensado materialmente, mas Jesus Cristo em sacrifício vivo, pagou o mais alto preço pela nossa libertação, com o seu próprio sangue, para que recebamos a paz, a graça e a oferta da vida eterna.

No Evangelho de Cristo, Ele nos ensina que não precisamos mais pagar o dízimo para garantir as necessidades cotidianas de coisas materiais (alimento, vestimenta, etc.), Jesus priorizou a buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça e as demais coisas serão acrescentadas (Mateus 6.25-33).

E para recebermos as bênçãos e a graça do Senhor ninguém precisa pagar mais nada (Mateus 10.7-10) porque é Ele quem nos dá a vida, a respiração, e todas as coisas (Atos 17.25). 

ORIGENS DO DÍZIMO:

Dízimo é um preceito da LEI de Moisés (Números 18:24), embora Abraão tenha dizimado antes da Lei, no lugar do número dos sacerdotes, os quais se encontravam nos seus lombos (Hebreus 7:9-10). O dízimo passou a ser um pacto (Deuteronômio 12:6-17), um contrato, entre Deus e os israelitas (Deuteronômio 14:22-28).  Porém, como Jesus cumpriu toda a lei (Romanos 10:4), ao estabelecer uma Novo Testamento (Hebreus 8:13), nem mesmo o judeu tem qualquer compromisso com a observância do dízimo, uma vez convertido a Cristo.

Surgiu na dispensação da Promessa, de Abraão até Moisés. Deus estava para estabelecer o número de sacerdotes (10% da tribo de Levi), na dispensação da Lei, dentre os filhos de Levi, que já se encontravam nos lombos (no corpo) de Abraão, seriam seus descendentes (Hebreus 7:9-10) com a finalidade de ministrarem no Templo onde passariam a habitar. Foi o principal motivo, pelo qual, o Espírito inspirou Abraão a pagar a Melquisedeque o dízimo (Hebreus 7:4), referente a 10% dos sacerdotes da tribo de Levi que estavam nos seus lombos. Quando o dízimo foi instituído na Lei, os levitas ficaram isentos de pagá-lo, como diz o texto: "…Levi que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão" (Hebreus 7:5-9).

Ficaram isentos porque o dízimo deles foi pago na pessoa de Abraão a Melquisedeque, que era a figura do sacerdócio eterno de Cristo. Os sacerdotes levitas foram os únicos autorizados por Deus, aqui na terra, segundo as Escrituras, a receberem dízimo (II Crônicas 31:5-6; II Crônicas 31:12; Neemias 10:37 e Neemias 12:44), não o Sistema eclesiástico atual.
Muitos irmãos indagam: “Mas porque Deus tem me abençoado, depois que tenho dado o dízimo?”

Ora, se a Palavra diz que Deus é misericordioso até com os maus (Mateus 5:45), quanto mais com um filho seu, que é generoso para contribuir na Obra do Senhor, mesmo que não tenha conhecimento real da profundidade desta contribuição, sendo o seu coração sincero diante de Deus, Deus o prosperaria independentemente do que ele oferta ou do que vota. Deus está mais interessado na misericórdia dos nossos corações, que nos sacrifícios de nossas mãos, como dito em Mateus 9:13.


Em Êxodo 23:10,11, onde lemos que  a cada 7 anos o israelita não poderia produzir nada (por um ano), deixando sua terra para que os pobres e o gado usufruíssem. Logo, não dizimavam nesse ano. Porém, nunca vi os pregadores da prosperidade liberarem seus fiéis dos dízimos a cada 7 anos. Já que seguem tradições judaicas, que sigam todas!

 Malaquias 3:8-11

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.”

Porém, se quisermos a verdade, temos de analisar o contexto. Lendo Malaquias 1:6; 2:1 e 3:3 percebemos que esses três capítulos são direcionados aos sacerdotes e não, ao povo. Quando lemos o terceiro versículo do capítulo 3 e seguimos a leitura, percebemos que há uma continuidade, ou seja, quando chegamos no versículo 8 é evidente que a palavra continua sendo dirigida aos levitas. Portanto, eram esses indivíduos que recebiam os dízimos e ofertas que estavam roubando a Deus.
     Esclarecido esse ponto, surge outra questão: se a oferta é voluntária, como alguém pode roubar, não ofertando? Essa é a chave da questão.
 A acusação de roubo não foi feita devido ao fato de não entregar, mas sim, devido ao desvio e uso para benefício próprio, por parte dos sacerdotes, do que já tinha sido entregue (dízimos e ofertas) pelos israelitas.
     "E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o diarista em seu salário, e a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exércitos" (Malaquias 3:5). Qual era o salário da viúva, do órfão e do estrangeiro? O dízimo! Assim, enquanto os levitas enriqueciam, os necessitados não recebiam o que tinham direito.

     "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação" (versículo 9). Este trecho é usado por alguns que afirmam ser todo o povo, e não apenas os sacerdotes, os "roubadores de Deus". Mas com um pouco de conhecimento da língua portuguesa pode-se concluir que "toda esta nação" é uma expressão equivalente a "a mim". Ou seja, quem roubava da nação, roubava de Deus! Poderíamos reescrever essa oração da seguinte forma: "Com maldição vocês são amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, roubais toda esta nação".

      Porém, digamos que alguns ainda não estejam convencidos que o roubo era feito pelos sacerdotes e não, pelo povo em geral. Dessa forma, não fará diferença nenhuma, devido aos argumentos usados anteriormente e aos que ainda virão. 
     Voltando a falar do versículo 10, percebemos o objetivo dos dízimos: “para que haja mantimento”, ou seja, era dinheiro ou comida? Era para construir ou reformar algum templo? Era para pagar viagem de pregador ou cantor?

     Além disso, há outro ponto que é frequentemente distorcido por muitos. O “devorador” citado no versículo 11, não é o diabo, um anjo ou um espírito. Era uma praga, um gafanhoto (algumas bíblias, como a Bíblia de Jerusalém, já traduzem desta forma). Não é uma entidade que faz a pessoa gastar na farmácia ou na justiça. Também não é dito que a entrega do dízimo é capaz de repreender o devorador. A conjugação verbal é clara :“repreenderei”, ou seja, o único que tem poder para repreender é o próprio Deus.


A ABOLIÇÃO DOS DÍZIMOS

Hebreus 7.5: E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.
  Observe, a palavra afirma que Moisés deu uma lei ao seu povo, a qual é direcionada aos filhos de Levi, especificamente aos que receberam sacerdócio para trabalhar nas tendas das congregações, os quais têm ordem segundo a lei de receber os dízimos dos seus irmãos. Agora note o relato do versículo 11:

  Hebreus 7.11: De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se a Jesus Cristo) e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? (menção a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).
 Hebreus 7.12: Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança na lei.

 Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra do Senhor assegura que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei (Hebreus 7.5), Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei (Hebreus 7.11) e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12), porque se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levíticos (pelo qual o povo recebeu a lei), qual a necessidade do Senhor enviar outro Sacerdote? A palavra não deixa sombra de dúvida que não só o dízimo, mas toda a lei de Moisés foi por Cristo abolida. Mudou o Sacerdócio, necessariamente, mudou também a Lei.

Se hoje, usarmos essa lei que fora direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos que receberam o sacerdócio do Senhor Deus e aplicada ao povo, ela torna-se ilegítima, porque os pastores de hoje não são sacerdotes levitas, e Jesus afirmou que a lei e os profetas duraram até João (Lucas 16.16), e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz mudança na lei (Hebreus 7.12).

Portanto, apenas esses três versículos (5,11,12) do capítulo 7 da carta aos Hebreus, é o suficiente para entendermos a abolição de toda lei, e não falarmos mais em obras mortas como dízimo na era da Graça do Senhor Jesus.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

     Em várias passagens do Novo Testamento observamos que, após o sacrifício de Cristo, a Lei (que fazia dos judeus um povo diferente dos demais) foi abolida (Romanos 6:14; Romanos 10:4; Romanos 7:6; II Coríntios 3:14; Gálatas 3:23-26; Colossenses 2:13-15; Hebreus 7:12 e 7:18,19; Hebreus 8:6-13 e 9:15-17) e todos os povos foram unidos, tornando-se iguais e puderam seguir o mesmo Caminho. Sendo assim, não devemos utilizá-la: “Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” (Gálatas 5:18). Portanto, apenas o fato de o dízimo não fazer parte dos ensinos de Jesus nem dos apóstolos já é motivo determinante para não ser um "mandamento" atual.  

E a respeito das bênçãos?

Malaquias pregou a uma nação carnal que estava sofrendo as conseqüências carnais do pecado. Ele prometeu bênçãos materiais de Deus para aqueles que se arrependessem de sua desobediência. Não encontramos esta importância material no Novo Testamento. Deus garante aos fiéis que eles não precisam se preocupar com as necessidades da vida (Mateus 6:25-33).
Mas o Novo Testamento não promete luxo, conforto e riquezas. Jesus sofreu nesta vida, e assim seus seguidores sofrerão (Marcos 10:29-30; Lucas 9:57-62). A preocupação com a prosperidade material nos distrai da meta celestial e nos arrasta à idolatria da cobiça (Colossenses 3:1-5). Tais motivos não têm nenhum lugar entre os cidadãos do reino de Deus.

Destorcendo Malaquias 3:10

Aqueles que citam Malaquias 3:10 para exigir o dízimo, e prometem prosperidade material, estão destorcendo a palavra de Deus. Eles estão enchendo os tesouros das igrejas ao desviarem a atenção de seus seguidores das coisas espirituais para darem atenção às posses materiais. Pedro advertiu sobre tais mestres: "Também, movidos pela avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme" (2 Pedro 2:3).
Mirando a meta celestial:
Deus oferece uma coisa muito melhor aos seus seguidores: um prêmio eterno no céu. Paulo nos desafia a mirar essa meta: "Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as cousas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas cousas lá do alto, mas não nas que são da terra" (Colossenses 3:1-2)

     Muitos acham que se derem o dízimo estarão obedecendo a Deus. A pessoa entrega e se sente livre: “- Ah, a minha parte eu fiz, agora a igreja que use bem o meu dinheiro, pois se não usarem, pagarão caro a Deus”. Assim, há uma transferência de responsabilidades. O que era pra esse indivíduo fazer (exercitar a caridade perante as viúvas, os doentes, os órfãos e os necessitados) é colocado nos ombros de outras pessoas, que foram “pagas” para isso. Então, não precisa mais olhar para os pobres e para os carentes, pois já fez a sua parte (dando os 10%). Este ato é uma omissão e uma distorção dos ensinamentos divinos.

CONTRIBUIÇÃO:

Lei: Para contribuir, o meio utilizado foi o medo do devorador (Malaquias 3:10-11).

Graça: Para contribuir, o meio utilizado é o amor a Cristo (II Coríntios 9:7).

E como devemos entregar o nosso “dízimo” a Ele? A resposta está em Mateus 25:34-40, que é alimentando o faminto, dando água a quem tem sede, hospedando o estrangeiro, vestindo o carente, visitando o doente e não fechando os olhos para o preso.

Tudo isso denigre a essência do Evangelho: os dízimos são exigidos, os irmãos são coagidos por medo de serem amaldiçoados, os dízimos são mal administrados (enriquecem os pastores), as pessoas de fora vêem tudo isso e se enojam do Evangelho. Parece um estelionato psicológico o que fazem nas igrejas contra as ovelhas do Senhor.

O dízimo hoje é remanescente por razões óbvias: Primeiramente, pela contribuição dos que arcam com essa pesada carga tributária.

Outra presunção vem por parte dos que são beneficiados pelos dízimos, esses incorrem no erro pela ausência de entendimento espiritual da palavra de Deus não diferenciando a lei de Moisés feita de ordenanças simbólicas e rituais, com a Graça e a verdade do Senhor Jesus Cristo, ou mesmo consciente da abolição dessa prática, assumem o risco dolosamente na desobediência à palavra do Senhor.

O que precisamos entender de vez por todas que Cristo não veio a ensinar os Judeus a aperfeiçoar a Velha Aliança, Ele disse: Um novo mandamento vos dou (João 13.34), e se a justiça provem da lei, segue-se que Cristo morreu em vão (Gálatas 2.21).
Em Mateus 5.20 disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

Observem que o Senhor Jesus Cristo mandou justamente os escribas e fariseus (os quais o Senhor sempre os tratava por hipócritas, falsos) que cumprissem a lei de Moisés, lei que ordena o pagamento do dízimo. Nós porém, para herdarmos o reino dos céus, não podemos de forma alguma voltar no ritual da lei Mosaica como faziam os escribas e fariseus, com hipocrisia, mas precisamos exceder essa lei, a qual foi por Cristo abolida. A Graça do Senhor Jesus excede a lei de Moisés e todo entendimento humano.

A Segunda vez que o Senhor Jesus referiu-se ao dízimo, foi na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18.9-14) e outra vez censurou os dizimistas. Tomou como exemplo um homem religioso, que jejuava duas vezes por semana e dizia ser dizimista fiel, porém, exaltava a si mesmo e humilhava um pecador que suplicava a misericórdia do Senhor.

Hoje não é diferente, muitos ainda exaltam-se dizendo: “Eu sou dizimista fiel”, mas nesta narrativa alegórica, o Senhor Jesus Cristo exemplificou que no Evangelho não há galardão para os dizimistas fieis, ao contrário, Jesus sempre os censurou.

Muitos saem em defesa do dízimo afirmando: Mas o Dízimo é bíblico (Número 18.21 a 26). Certamente, como também é bíblico: a circuncisão (Gênesis 17.23 a 27), o sacrifício de animais em holocausto (Levíticos Capítulos do 1 até 6.8 a 13), a santificação do sábado (Levíticos 23.3), o apedrejar adúlteros (Levíticos 20.10 e Deuteronômio 22.22), etc. É bíblico, mas pela ordenança da lei que Moisés introduziu ao povo.

Porem, seja por uma ou por outra razão, o homem querendo ou não, aceitando ou não, o dízimo, como toda a lei cerimonial do Antigo Testamento, foi por Cristo abolida, pelo seu sangue na cruz do Calvário:  (Lucas 16.16, Romanos 10.4, Efésios  2.15, II Coríntios 3.14, Hebreus  7.12,18, 19). 

Gálatas 5.13-14: Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.  Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.

Para contribuir, o meio utilizado seja  o amor.

A paz do Senhor !!!!!




Referências:

Bíblia Almeida Corrigida e Revisada Fiel;

Bíblia de Jerusalém;

COLEMAN, WILLIAM L. Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos. Editora Betânia, 1ª Edição, 1991;

http://teophilo.info/guests/englucianadizimo.htm#ixzz2TpfvNkrV;


 Bíblia de Estudo DAKE editora Atos;

www.cristoeaverdade.net;

http://www.estudosdabiblia.net